Operação Mustache investiga crimes envolvendo contratação de empresas fornecedoras de bens diversos para as áreas de saúde e educação de municípios
Foto: CGU |
Investigações
As investigações foram iniciadas a partir de levantamentos realizados pela CGU, em 2020, referentes ao acompanhamento de contratações destinadas ao enfrentamento da pandemia de Covid-19 no Piauí. Após as análises de algumas contratações, identificou-se a participação de uma empresa suspeita de pertencer a “laranja”.
Diante disso, decidiu-se pelo aprofundamento das análises, oportunidade em que os auditores identificaram a participação de outras empresas e pessoas que atuariam de forma coordenada em contratações públicas, especialmente dissimulando concorrerem entre si, resultando em contratações com preços superfaturados.
Os auditores constataram, ainda, que as suspeitas de fraudes em contratações públicas praticadas por esse grupo estendiam-se também a municípios maranhenses e que, tanto no Piauí como no Maranhão, essas contratações não estavam restritas ao enfrentamento da Covid-19, compreendendo diversos objetos relacionados às áreas de educação e saúde, especialmente o fornecimento de bens (tais como aparelhos de ar-condicionado, computadores e impressoras).
Com o avanço das investigações pela PF, foram identificados indícios de pagamentos de vantagem indevida a agentes públicos ligados a determinados municípios contratantes, bem como a prática de lavagem de dinheiro.
Impacto social
Os contratos sob investigação incluem repasses destinados aos respectivos Fundos Municipais de Saúde e Fundos de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
As irregularidades podem ter ocasionado prejuízos de ordem financeira, além de afetar a prestação dos serviços públicos prestados pelos municípios nas áreas de educação e saúde, na medida em que os recursos, uma vez desviados, deixam de ser empregados em prol da população.
Diligências
A Operação Mustache consiste no bloqueio de bens e valores de até R$ 11.732.845,19 pertencentes aos investigados, bem como no cumprimento de 34 mandados de busca e apreensão em municípios piauienses e maranhenses. O trabalho de campo conta com a participação de 12 servidores da CGU e de 55 policiais federais. As informações são da CGU.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Os comentários não representam a opinião deste blog. Os comentários anônimos não serão liberados. Envie sugestões e informações para: blogdoludwigalmeida@gmail.com