Entrega de camisetas aos voluntários marcou volta das atividades socioeducativas
A Vara da Infância e Juventude do Judiciário de Timon retomou, esta semana, as atividades do “Projeto Capitães da Areia” para o segundo semestre de 2021, que estavam suspensas devido à pandemia.
Em solenidade na manhã da última sexta-feira, no 11º de Batalhão de Polícia Militar, o juiz Simeão Pereira e Silva, titular da vara, fez a entrega simbólica de camisetas - nas cores azul e branca - a uma turma de 35 policiais militares que trabalham na comarca e atuam voluntariamente no projeto.
Compareceram ao evento de entrega do material os voluntários participantes, o Tenente-Coronel Aloisio Sampaio, comandante do 11º Batalhão da PM; tenente Magalhães Brito, coordenador do projeto e as representantes da FUNAC e do CREAS, Lívio Araújo Barros, Maria de Fátima Costa e Katiúscia Sousa Lima.
O juiz informou, na oportunidade, a reativação das atividades do eixo educação e de xadrez, com a previsão de que em breve sejam também iniciadas outras práticas desportivas e as demais atividades.
O projeto “Capitães da Areia” funciona na comarca de Timon, desde o segundo semestre de 2019, com o apoio de policiais militares, que participaram de curso de formação oferecido pela equipe técnica da Vara da Infância. As ações do projeto integram os eixos temáticos de educação, esportes e profissionalização, de acordo com as habilidades profissionais de cada militar voluntário.
Nos seus horários de folga, os voluntários oferecem aos adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas de liberdade assistida e de semiliberdade a participação em atividades esportivas, estímulo à leitura, rodas de conversas, aulas de xadrez, e curso de automaquiagem ministrado por policiais femininas, dentre outras.
“O que motiva o grupo é a experiência exitosa da primeira turma, de dez adolescentes, acompanhada pelo projeto, entre os meses de agosto a dezembro de 2019, sendo que desses beneficiados nenhum deles voltou a praticar novos atos infracionais”, ressaltou o juiz.
RESILIÊNCIA
Os voluntários do projeto dizem acreditar que esse contato entre adolescentes e policiais, dentro do contexto sociopedagógico, em ambiente diverso do momento em que houve a apreensão desses jovens, pode contribuir para a resignificação da vida dos beneficiários, por “gerar vínculos de resiliência e superação das vulnerabilidades”.
O juiz ressaltou que, dentre os fatores que contribuem para o reforçar a resiliência nos jovens, estão, “além do relacionamento emocional estável com pessoa de referência e o apoio social fora da família, sobretudo a autoconfiança e a capacidade de direcionar e regular suas emoções e seu comportamento”.
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