Em entrevista ao Jornal da Fórum, o governador afirmou que a CPI do Genocídio está construindo a verdade diante de um "governo baseado em mentiras e fake news"
Foto: Reprodução/YouTube |
“O conjunto da obra já é gravíssimo. A CPI conseguiu reconstituir um itinerário criminoso que vem desde a premissa da gripezinha e desencadeou uma sequência de atos e omissões que levou com que tenhamos esse péssimo desempenho”, afirmou o governador, que já foi juiz federal.
“Agora temos o ápice do dolo. Não era apenas imperícia ou negligência, havia dolo na perpetração de certos atos. O episódio da Covaxin se insere nesse contexto e torna tudo muito mais plausível, faz mais sentido. Antes parecia que era porque o Bolsonaro não gostava do governador João Doria, mas agora ficou evidente que não era apenas isto”, avaliou.
Segundo o governador, o fator político já era muito grave, mas esse escândalo aumenta a gravidade da situação.
Sobre a tentativa de bolsonaristas de afastar o presidente do caso e tentar envolver senadores oposicionistas, Dino afirmou que “esse fascismo do século XXI não tem muito compromisso com a lógica”. “Eles vão fazendo as coisas de qualquer maneira. Uma hora ele é o todo poderoso da caneta bic e outra hora ele que passar a ideia de que não podia controlar nada. Se ele acha que vai se proteger na esfera penal dizendo que ‘não vi’, na esfera da responsabilidade isso torna tudo ainda mais grave. Me parece um argumento muito frágil”, declarou.
“Se não havia governo antes, agora não há. O trabalho da CPI é imprescindível, é na CPI onde se constrói a verdade em um governo baseado em mentiras e fake news”, disse ainda. (Revista Fórum)
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