José Reinaldo vê futuro no projeto de candidatura de Carlos Brandão
O ex-governador José Reinaldo Tavares (PSDB), que ocupa, sem favor, a posição de conselheiro do vice-governador Carlos Brandão (PSDB) voltou ontem a assanhar a base de apoiadores do senador Weverton Rocha. Em entrevista à TV Mirante, ele reafirmou sua aposta na candidatura de Carlos Brandão ao Governo, vendo-a como escolha natural pelo governador Flávio Dino. E disse acreditar que, ao “sentar na cadeira” de governador, em Abril do ano que vem, Carlos Brandão terá condições de, apoiado por Flávio Dino, que será candidato ao Senado, reunir força política e partidária para se reeleger.
José Reinaldo sabe o que diz nessa seara, porque analisa um quadro que ele próprio viveu em 2002, como vice-governador. Em janeiro daquele ano, Roseana Sarney (DEM), completando o segundo mandato no auge do seu poder político e nome forte na corrida presidencial, tirava-lhe o sono dando a entender que lançaria outro nome à sua sucessão. No final daquele mês, numa longa e franca conversa com o colunista, o então vice-governador declarou, enfático: “Quando eu assumir, em Abril, quero ver quem vai me dizer que não serei candidato. Com apoio ou sem apoio, vou disputar e vou ganhar a eleição”.
Em março daquele ano, a Operação Lunus, da Polícia Federal, autorizada pelo então jovem juiz federal Carlos Madeira, destruiu a base nacional do projeto presidencial da ainda governadora do Maranhão, que logo renunciou para se candidatar ao Senado numa situação dramática. José Reinaldo assumiu em Abril, anunciou sua candidatura à reeleição sem colocar o assunto em discussão, enfrentou Jackson Lago (PDT) e Ricardo Murad (PSB) e foi reeleito no primeiro turno, numa dobradinha sem afeto com a ex-governadora, que se elegeu senadora. Quatro anos depois (2006), o governador comandou o movimento político que resultou na histórica vitória do pedetista Jackson Lago sobre a emedebista Roseana Sarney (MDB).
Em resumo: sem ser o dono da verdade e sujeito a equívocos, José Reinaldo sabe o que diz quando avalia o cenário político do Maranhão. Da coluna Repórter Tempo.
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