Com 100% de leitos de UTI ocupados e procura muito grande na UPA e Hospital de Campanha no município por conta dos casos de Covid-19, prefeito alerta para colapso
O prefeito de Balsas, Erick Augusto Silva, decretou Estado de Calamidade Pública no município em decorrência do grande número de casos positivos da Covid-19. O decreto foi enviado à Assembleia Legislativa do Maranhão para ordem de execução e baseia-se na situação sanitária que a cidade vivencia com leitos de UTI lotados e sobrecarga no sistema de saúde. Vale lembrar que em maio de 2020, Balsas e outros municípios entraram com o mesmo pedido. Assim como no ano passado, a solicitação passará pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da casa legislativa. Caso seja aprovada, o decreto municipal será transformado em projetos de decretos legislativos.
A situação em Balsas é considerada crítica. E desde o iniício da pandemia já foram registradas, de acordo com o Boletim Epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde (SES), do último dia 24 de março, 102 óbitos e 7.794 casos confirmados da doença.
Com relação à campanha de vacinação em Balsas, o município recebeu do governo do estado 4.188 doses da Coronavac, destas 3.007 foram aplicadas como 1ª dose e 1.110 aplicadas como 2ª dose. O município também recebeu 1.200 doses da Astrazenica que também já foram aplicadas. Começou também ontem à tarde, a vacinação no profissionais da saúde do município que trabalham em laboratórios, clinicas dentárias e consultórios médicos, e que só serão vacinados mediante a comprovação de documentos que trabalham nestes estabelecimentos.
Dificuldades impôs decreto
De acordo com Erick Augusto, o Decreto de Calamidade Pública, baseia-se na situação em que o município se encontra, por conta da doença. “Já alcançamos os 100% de ocupação dos leitos de UTI para a covid-19. Além disso, é crescente a lotação dos leitos do hospital de campanha, a situação agravou com a pandemia e podemos entrar em colapso a qualquer momento. Estamos mandando o pedido de Estado de Calamidade para Assembleia Legislativa do Maranhão para referendar o Decreto. As dificuldades que a pandemia impôs ao município fizeram com que a gente decretasse o Estado de Calamidade. Vivemos um momento extremamente atípico com limitações para se trabalhar e para fazer as nossas atividades. Diversas classes trabalhadoras estão sendo prejudicadas e isso gera um agravo”, ressaltou o prefeito.
Erick Augusto explicou ainda que a situação permite nesse momento, que a prefeitura possa distribuir a merenda escolar na casa dos alunos e aumentar a doação de cestas básicas para a população, que passa por necessidade econômica. O prefeito afirmou que o município também tem investido na compra de oxigênio para as UTIs destinadas a pacientes de covid-19.
“Nossa preocupação é com o estoque de oxigênio. E para isso, estamos fazendo compras regulares para que não falte. O consumo de oxigênio aumentou de forma absurda no último mês”, enfatizou o prefeito.
Casos entre jovens preocupa
O prefeito acredita que com o avançar da vacinação a situação estará melhor entre os idosos acima de 70 anos.
A preocupação maior agora é com a contaminação entre os mais jovens. “Acreditamos que com uma duplicação da vacinação dos idosos, a gente pode ter um resultado mais plausível aqui na cidade de Balsas. Enquanto isso, estamos reforçando o atendimento na UPA de Balsas e no Hospital de Campanha, e as equipes de médico e de enfermagem”, afirmou Erick Augusto.
O Decreto de Estado de Calamidade por causa da covid-19, tem como referência a Portaria 188, de 03 de fevereiro de 2020, do Ministério da Saúde, que declarou emergência em saúde pública de importância nacional, em decorrência da infecção humana pelo novo coronavírus, o que exige esforço conjunto de todo o Sistema Único de Saúde (SUS), para identificação da etiologia dessas ocorrências e a adoção de medidas proporcionais e restritas aos riscos.
A Prefeitura de Balsas justificou também que elaborou o Plano de Contingência e que a situação demanda o emprego de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública, afim de evitar a disseminação da doença em âmbito municipal. (O Imparcial).
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