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sexta-feira, 11 de outubro de 2019

Valorização e comercialização do artesanato maranhense em alta no 13° Salão do Artesanato em São Paulo

Os destaques da produção artesanal maranhense estão presentes no 13° Salão do Artesanato no Pavilhão da Bienal em São Paulo. Com o tema “Raízes Brasileiras”, artesãos maranhenses e de outros 21 Estados irão expor ao público diversas peças artesanais de decoração, vestuário, joias, bijuterias, acessórios, brinquedos, instrumentos musicais dentre outros no período de 9 a 13 de outubro.

A Secretaria de Estado do Turismo selecionou dez artesãos, sendo quatro associações, para apresentarem as produções voltada para a representação cultural do estado. Entre as peças expostas e comercializadas na feira estão a azulejaria, a pintura a mão livre com porcelana, bolsas, redes, tapetes, produtos de palha do buriti, biojoias, dentre outros.

O artesão José Carlos Martins, que trabalha com cerâmica vitrificada e já teve convite para produzir peças para a Tok Stok, grande loja de móveis e decoração, destacou a procura por peças que retratam a identidade cultural do Maranhão. “Tudo aquilo que representa o nosso Maranhão como os azulejos dos casarões históricos e as miniaturas de bumba meu boi tem despertado bastante interesse e tenho conseguido vender várias peças decorativas”, disse o artesão que também revelou que apenas na primeira manhã de feira já havia vendido quase um terço de suas peças.

Com grande potencial comercial e de atração de visitantes de todos os tipos, o evento é considerado a feira de maior vitrine do artesanato brasileiro. O secretário de Estado do Turismo, Catulé Junior, comenta sobre a geração de renda de eventos como esse. “Espaços de valorização e preservação das raízes históricas por meio do artesanato colocam nossos produtos regionais como grandes estrelas e colabora tanto com a geração de emprego e renda como com a autoestima dos artistas que muitas vezes fazem do artesanato a única forma de subsistência. Como governo, temos apoiado ações como essas de mapeamento, qualificação e comercialização da nossa arte” pontuou o gestor da Setur.

ASSOCIAÇÕES MARANHENSES EM DESTAQUE

Entre as entidades participantes da feira, estão a Associação de Mães do Rio Grande Proteção de Santo Antônio, localizada no Maracanã, que se destaca com trabalho de confecção de peças oriundas da fibra do buriti; Associação dos Artesãos de Imperatriz, que trabalha com crochê e produtos naturais como a cabaça, além de desenvolver trabalhos artesanais com os povos indígenas Canela, Guajajara e Cricatis, localizados na região sul do Maranhão; Associação Central de São Luís, que tem como destaque a pintura em azulejos e souvenir do bumba meu boi, além da Associação Bilro de Ouro, do município de Raposa, que se notabiliza com as rendas.

O superintendente de artesanato do Maranhão, Carlos Martins, destacou a comercialização das peças em um evento de grande porte como o Salão de Artesanato. “São Paulo é o maior centro de negócios da América Latina e o Maranhão não poderia ficar de fora desse evento. Além da comercialização, existe a oportunidade de ver o que está sendo produzido no Brasil. O maior ganho dos nossos artesãos é o contato com os lojistas, os empresários e a oportunidade que é dada a eles de terem seus produtos em vitrine no mercado nacional”, destacou o superintendente.

Outro que se diz honrado em participar da feira é o artesão Jose Ribamar Carvalho, especialista em trabalhar com pintura a mão livre em peças de porcelana. Ele defendeu a importância de retratar a identidade cultural maranhense em peças requintadas de porcelana. “É essencial trabalharmos nossa identidade cultural que é riquíssima e de uma beleza incalculável. Então, a gente já vem trabalhando com nossa cultura, com nossos traços, com a riqueza do nosso folclore na porcelana que era algo mais conhecido pela pintura chinesa, pois tudo se originou da china é uma arte milenar. Um trabalho raro no Maranhão que antigamente era um hobby de madame e agora estamos resgatando”, frisou o artesão.

Para a presidente da Associação dos Artesãos de Imperatriz, Simone Fonseca, o salão é uma oportunidade também de observar e desenvolver ideias para serem implementadas em futuras feiras de artesanato no Maranhão. “Além de estarmos expondo e comercializando os artesanatos a minha participação aqui na feira, junto com Carlos Martins e o secretário Catulé Júnior, é de levar ideias e exemplos de organização dessa feira para o nosso estado, pois temos vários eventos organizados pelo governo do estado como o Ceprama Itinerante e a 1° Feira Nacional de Artesanato em Imperatriz, que já está pré-agendada para o período de 2 a 6 de junho de 2020”, revelou a presidente.

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