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sábado, 6 de abril de 2019

Othelino Neto participa do lançamento da Frente Parlamentar em Defesa do BNB no Ceará

A sede da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará foi onde aconteceu o lançamento da Frente Parlamentar Nacional em Defesa do Banco do Nordeste e lá foi debatida a importância da instituição para as regiões do Nordeste e Semiárido
O presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputado estadual Othelino Neto, participou, nesta sexta-feira (5), do lançamento da Frente Parlamentar Nacional em Defesa do Banco do Nordeste (BNB), na Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (ALECE). Na abertura do evento, Othelino Neto, que também é presidente do Colegiado do ParlaNordeste, ressaltou que o BNB é fundamental para o desenvolvimento dos nove estados da região, principalmente, para os trabalhadores rurais e pequenos produtores.

O lançamento da Frente Parlamentar mobilizou presidentes de Assembleias Legislativas de cinco estados nordestinos, dirigentes do BNB, deputados federais, estaduais e dirigentes empresariais e sindicais, contra a proposta de privatização ou fusão do BNB ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), anunciada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. Na ocasião foi debatida a importância da instituição para as regiões do Nordeste e Semiárido. 

“São fortes os comentários de que existe um plano do Governo Federal de fundir o BNB com o BNDES ou até mesmo retirar o Fundo Constitucional, sem o qual o Banco do Nordeste fica sem sentido de existir. Então, essa Frente Parlamentar vem para defender o BNB e os equipamentos para o desenvolvimento dos estados do Nordeste”, ressaltou Othelino Neto, informando, ainda, que será marcada uma reunião com os presidentes do Senado e da Câmara Federal, para que a pauta seja debatida, também, pelas bancadas em Brasília.

“Além das manifestações dos diversos deputados estaduais e federais, definimos que marcaremos uma audiência com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, para nos posicionarmos, oficialmente, quanto à questão da nossa preocupação com o fortalecimento do Banco do Nordeste do Brasil, assim como outras pauta também muito importantes, como a Reforma da Previdência. Pediremos audiência, também, com o secretário-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, para apresentarmos essa pauta que foi discutida”, completou.

Os deputados Wellington do Curso (PSDB), presidente do Parlamento Amazônico, e Hélio Soares (PR), presidente da Frente Parlamentar em Defesa do BNB no Maranhão, destacaram a importância da instituição para os pequenos produtores. “Todas as Assembleias Legislativas do Nordeste estão irmanadas na defesa do Banco do Nordeste. Não podemos admitir nenhum tipo de retrocesso nas garantias que foram conquistadas com muitas lutas. O Banco do Nordeste precisa ser fortalecido, para que possa continuar dando apoio aos microempresários, aos pequenos produtores e, com isso, gerando mais emprego, renda e melhorando a qualidade de vida dos nordestinos”, pontuou Wellington do Curso.

Desenvolvimento Regional

A criação da Frente Parlamentar Nacional em Defesa do BNB foi uma pauta deliberada no 3º Encontro de Presidentes de Assembleias Legislativas do Nordeste, que aconteceu, em São Luís,  no fim do mês de março. A iniciativa é encabeça pelo deputado estadual cearense, Danniel Oliveira (MDB-CE).

“A defesa do Banco do Nordeste é um papel que nós, nordestinos, temos que, cada vez mais, fortalecer. Nós sabemos que muita geração de emprego chega através do Banco do Nordeste e é um banco que dá lucro para a União. No ano passado, foram registrados R$ 7,5 milhões em lucro e investidos no Nordeste brasileiro R$ 46,3 bilhões, desses, R$ 31 bilhões do Fundo Constitucional do Nordeste, que é o FNE. Ou seja, não podemos perder um patrimônio como esse”, ressaltou o deputado Danniel Oliveira.

“O Banco do Nordeste é uma instituição que fomenta a macroeconomia do Nordeste, imprescindível para toda a região e, para nós, cearenses”, afirmou o deputado José Sarto (PDT-CE), presidente da ALECE, enfatizando a importância da articulação nacional em prol da manutenção do BNB.

Luiz Alberto Esteves, economista-chefe do Banco do Nordeste, apontou que o órgão é chamado de "ineficiente" porque trabalha com uma taxa de juros menor para o pequeno agricultor nordestino, que tem o risco maior, e com uma taxa maior para o empresário, que tem um risco menor. Para ele, quando se fala em fusão com o BNDES, é necessário levar em conta que este trabalha com grandes operações estruturadas, diferente do BNB. “Mas, quem é competente para fazer o que a gente faz, que é acompanhar cinco milhões de pequenas operações, é o Banco do Nordeste”, defendeu.

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