Roberto Rocha term o desafio de investigar suspeita de fraude em eleição no Senado
O senador Roberto Rocha ganhou mais um impulso para dar volta por cima na sua carreira, que vinha mergulhando na direção do limbo da política. Depois de ser catapultado para a liderança da poderosa bancada do PSDB no Senado, o parlamentar maranhense foi chamado ontem para ocupar mais espaço no epicentro da Câmara Alta. Corregedor-geral do Senado, cuja função é investigar denúncias de má conduta de senador, e encontrado indícios de que o suspeito tenha cometido crime ético, quebrando o decoro parlamentar, encaminhar o pepino ao Conselho de Ética, ele tem um desafio pela frente. Recebeu a delicada tarefa de investigar a suspeita de que a primeira votação para a eleição para a presidência do Senado foi fraudada, uma vez que foram encontradas 82 cédulas, quando o eleitorado é de apenas 81 senadores.
Se confirmada, essa fraude equivale a adulterar uma urna eletrônica numa votação convencional, pesando sobre o fraudador penas duras, como a perda do mandato, por exemplo. Um exemplo: por ter mandado mexer no painel eletrônico da Casa para identificar um voto, o célebre senador Antônio Carlos Magalhães perdeu a presidência e o mandato. No caso a ser investigado por Roberto Rocha, a fraude beneficiaria o senador Renan Calheiros (MDB), que diante da descoberta, retirou sua candidatura e abriu caminho para a eleição do senador amapaense Davi Alcolumbre (DEM).
Parlamentar experimentado, o senador Roberto Rocha sabe que a visibilidade como corregedor-geral é uma faca de dois gumes, dependendo da condução que ele der à investigação. Se fizer tudo como mandam as regras da Casa, pode ganhar pontos na opinião pública, mas se houver alguma derrapagem – o que é improvável, mas possível – sua imagem poderá ser fortemente arranhada. Que sua investigação coloque tudo em pratos limpos. (Coluna Repórter Tempo)
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