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terça-feira, 9 de janeiro de 2018

'Rifado' do ministério: Pedro Fernandes pede para deixar vice-liderança do governo

Deputado 'rifado' de ministério pede para deixar vice-liderança do governo
'Rifado' do Ministério do Trabalho depois de ter seu nome vetado pelo ex-presidente José Sarney (MDB), o deputado Pedro Fernandes (PTB-MA) pediu nesta terça-feira (9) para deixar o cargo de vice-líder do governo na Câmara. O ofício foi entregue nesta manhã ao líder do governo na Casa, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).

"Diante das circunstâncias e para evitar embaraços do sr. presidente Michel Temer com o sr. ex-presidente José Sarney, notifico meu desinteresse de continuar como vice-líder, por conseguinte, solicito a minha destituição", afirma Fernandes no documento obtido pela Folha.

Fernandes é hoje um dos atuais 14 vice-líderes do governo na Câmara. Até o ano passado, eram 15, mas o deputado Rocha (PSDB-AC) pediu para deixar o posto.

O regimento interno da Câmara diz que líder e vice-líderes do governo podem fazer uso da palavra em sessões, encaminhar votações e participar do trabalho de comissões mesmo que não sejam membros, embora, neste último caso, não possam votar.

Fernandes havia votado a favor do governo nas principais pautas do governo: PEC do teto dos gastos públicos, reforma trabalhista, terceirização, reforma do ensino médio e nas duas denúncias da PGR (Procuradoria-Geral da República) contra Temer.

Rocha, o primeiro a deixar a vice-liderança, havia faltado a uma votação e contrariado o governo em outras três, inclusive nas das denúncias.

QUASE MINISTRO

Pedro Fernandes chegou a ser escolhido para comandar o Ministério do Trabalho, mas teve o nome vetado por José Sarney (MDB), que nega o veto.

Com isso, Temer negociou o comando da pasta com o delator do mensalão e presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, que indicou a filha para o cargo.

A deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) já foi nomeada ministra. A posse dela, prevista para a tarde desta terça-feira, depende e uma decisão judicial, já que a Justiça Federal do Rio suspendeu a cerimônia na noite de segunda-feira (8). (Coluna Poder, Folha de São Paulo) 

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