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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Artigo do Edmilson Sanches: 153 anos de nascimento de Coelho Netto

"NÃO HOUVE MELHOR BRASILEIRO DO QUE COELHO NETTO”

A FRANÇA NÃO É AQUI - Se tivesse nascido na França, a França estaria em festa. Mas Coelho Netto nasceu onde nascemos nós, seus conterrâneos, e apenas umas poucas, pouquíssimas esforçadas pessoas e instituições realizaram singelos eventos há três anos, quando dos 150 anos desse gigante da Literatura -- Henrique Maximiano Coelho Netto, que, além de escritor, era um esportista fanático por futebol e grande lutador/jogador de Capoeira, além de excelente na milenar arte da esgrima (espada, florete e sabre).

MELHOR BRASILEIRO - Palavras de advogado, diplomata e ministro das Relações Exteriores reafirmam patriotismo e humanismo do escritor caxiense.

Há 80 anos, em discurso na Academia Brasileira de Letras (ABL), em 1937, o advogado, escritor, diplomata e ex-ministro das Relações Exteriores João Neves da Fontoura, nascido no Rio Grande do Sul, disse que o escritor caxiense Henrique Maximiano Coelho Netto “terá de ser escutado no juízo final das letras e, entre os poucos escolhidos, o seu lugar está soberanamente marcado”.

Mais adiante, Fontoura destacou o caráter humanista e patriótico do maranhense: “Se não houve melhor brasileiro do que ele, também nunca se entibiou [enfraqueceu] sua devoção à humanidade, na essência da dignidade individual e coletiva”.

Em longo pronunciamento de posse na cadeira que fora fundada pelo acadêmico Coelho Netto, ex-presidente da ABL, João Neves da Fontoura lembrou e analisou vários aspectos da vida e obra do seu antecessor: “Romântico ou realista, como preferirem os Lineus da botânica literária, romancista ou dramaturgo, orador ou jornalista, ele nunca deixa de ser um animador de cenário, um intérprete de atmosferas, um tradutor de almas”.

Ao mencionar a importância da cidade natal de Coelho Netto, Fontoura ressalta: “Na vida de Neto, Caxias tem o sentido das raízes, que a terra dissimula. Ocultas, nem por isso deixam de ter o seu papel no destino da planta, porque são elas que extraem do húmus as substâncias, que alimentam o caule”. E completa: “Os dias da infância não se apagariam na Via Láctea do pensador e do artista, como as estrelas conservam o pó cintilante da primitiva nebulosa”.

O ex-ministro disse, ainda, que preferia ver em Coelho Netto “um puro idealista, que deveria ter vivido numa época em que o Estado alimentasse os gênios, como Deus alimenta os pássaros para que cantem (...)”.

(O caxiense Edmilson Sanches é Jornalista, consultor, escritor, palestrante e instrutor de treinamentos empresariais e motivacionais) 

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