O Palácio dos Leões precisa fazer alguns ajustes urgentes na sua relação com a Assembleia Legislativa, principalmente com deputados de oposição. Desde a semana passada, na ausência do presidente Humberto Coutinho (PDT) por exames de saúde, a bancada oposicionista está em pé de guerra com o Governo por causa da resposta dada pelo secretário de Infraestrutura, Clayton Noleto, a um pedido de informação feito pelo deputado Edilázio Jr. (PV), que é também secretário-geral da Mesa Diretora da Casa. As sessões têm sido presididas pelo presidente em exercício, deputado Othelino Neto (PCdoB).
No seu requerimento de informação, que conseguiu aprovar num cochilo da bancada governista, Edilázio Jr. pediu as informações: para quais municípios o Governo levou o programa “Mais Asfalto”, quantos quilômetros foram feitos em cada município, qual o custo de cada projeto, quais os que foram concluídos e quais os critérios que o Governo adotou para escolher os municípios beneficiados. Em sua resposta, que chegou à Casa no final da semana passada, o secretário Clayton Noleto informou apenas os municípios alcançados pelo programa e em quais os trabalhos de asfaltamento foram concluídos e onde os trabalhos estão em andamento, não fazendo referência a custo nem a critérios de escolha.
A resposta do secretário Clayton Noleto foi duramente criticada pelo deputado Edilázio Jr., que a considerou incompleta e um “desrespeito” à oposição e à Casa. Na segunda-feira, foi mais longe, e em seguida apresentou requerimento convocando o secretário de Infraestrutura para dar explicações ao parlamento. A bancada governista se mobilizou para impedir, conseguindo evitar a convocação por 13 votos a nove, para muitos uma situação de risco para o Governo. Ontem, mais uma vez a oposição pressionou pela aprovação da convocação do secretário, obrigando os governistas a jogar pesado para impedir. Hoje, o plenário terá de se manifestar mais uma vez sobre o assunto, num clima em que até deputado governista avalia que o secretário Clayton Noleto errou ao responder naqueles termos ao requerimento do deputado Edilázio Jr., que ganhou munição farta para disparar contra o Palácio dos Leões.
Ribamar Corrêa, da Coluna Repórter Tempo
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