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segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Flávio Dino e os sinais de amargura em sua própria solidão de poder

Sinais de amargura. Pareceu uma mensagem natalina. Para outros, tratou-se de um desabafo político. Mas o fato é que uma manifestação pública do governador Flávio Dino (PCdoB), na noite de Natal, chamou atenção pelo tom grosseiro, agressivo, sem nenhuma relação com o espírito natalino.

“Aos adoradores do dinheiro que estão com abstinência de ter cofres públicos para fins pessoais, desejo que o Natal entre em seus corações”, declarou o governador, em um se seus perfis de redes sociais.

A nota, com tons claros de angústia e amargura chamou atenção por pretender-se uma mensagem natalina. Mas evidenciou, pelo menos, a quantas anda o espírito do auto-intitulado comunista-cristão, que ocupa o Palácio dos Leões desde 2014.

Flávio Dino tem todo o direito de se posicionar contrário aos seus adversários e de criticá-los por eventuais posturas que não condizem com o seu jeito de pensar e ver o mundo. Mas ao utilizar uma noite de 24 de dezembro para publicizar desabafos pessoais ele revela muito mais de si próprio do que dos seus pretensos adversários.

O “comunista-cristão” tem muitos adversários no Maranhão e no Brasil. Nenhum deles, porém, se ocupou de esbravejar contra o governador maranhense em um momento quando poderiam estar confraternizando com as famílias, divertindo-se e ceiando em um momento que se pretende de paz e harmonia.

O esbravejamento público do governador denotou apenas aspectos de um ser angustiado, melancólico, amargurado em sua própria solidão de poder no Palácio dos Leões. E até ele merece os votos de feliz Natal.

(Coluna Estado Maior, jornal O Estado)

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