Entrevistado nesta sexta-feira (02) à tarde pelos jornalistas Ailton Nunes e Diego Emir, apresentadores do programa “Fala, Maranhão”, na Rádio Capital, o deputado Eduardo Braide (PMN) sugeriu a formação de um grupo alternativo com vistas à sucessão do governador Flávio Dino (PCdoB) em 2018. Segundo ele, a formação desse grupo não pode se dar sem a consulta, dentre outros, do senador Roberto Rocha (PSB), do deputado Wellington do Curso (PP) e dos prefeitos eleitos de Imperatriz, Assis Ramos (PMDB), e de Santa Rita, Hilton Gonçalo (PCdoB).
Apesar desta sugestão, Eduardo Braide não confirmou sua condição de oposicionista na Assembleia Legislativa, onde já liderou o maior bloco de apoio ao governador, porém deixou bem claro que vai atuar com independência ao Palácio dos Leões. “Posso dizer que vou estar ao lado do povo”, disse ele, acrescentando que todos os projetos do Executivo que forem contra os interesses da população terá sua rejeição.
O deputado chegou a ser contundente quando classificou o governo de Flávio Dino como “cheio de erros”, e para exemplificar esses erros e suas posições daqui para frente, citou os dois projetos que previam novos aumentos de impostos, mas que foram recolhidos pelo Palácio dos Leões depois de ser criticado por ele na Comissão de Constituição e Justiça.
O posicionamento de Braide é consequência da eleição passada, na qual enfrentou o atual prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda (PDT). Ele atribui sua derrota à força das “máquinas” estadual e municipal e à “campanha suja” contra ele, em blogs, redes sociais e emissoras de rádio e televisão, sob patrocínio do governo do estado e da prefeitura.
O deputado cobrou a continuidade da parceria entre Flávio e Edivaldo ao mencionar vários problemas que surgiram logo após a contagem dos votos, como desativação de leitos na UTI do Socorrão II, falta de merenda escolar na rede municipal de ensino, suspensão dos serviços de asfaltamento de ruas etc.
Questionamento - Eduardo Braide não descartou questionar na Justiça a reeleição de Edivaldo Holanda. Ele diz que contratou diversos advogados para analisarem o que ocorreu na campanha de São Luís e já foram levantados vários indícios de abuso do poder econômico e político, portanto pode pedir que o Judiciário interprete a conduta do prefeito e seus aliados.
Ele disse ainda que está buscando na Justiça reparos pelas agressões sofridas de blogueiros e jornalistas, que teriam ofendido sua honra e de seus familiares. Ao mencionar essas agressões, Braide diz que até hoje se surpreende como Edivaldo Holanda, que sempre procurou passar a imagem de homem religioso, respeitador, pacífico e de boa convivência, concordou com o uso do “jogo sujo” contra seus adversários. “Primeiro desconstruíram a imagem de Eliziane Gama, depois passaram a agredir Wellington do Curso e as ofensas contra mim começaram na segunda-feira seguinte à realização do pleito em primeiro turno”, frisou.
Eduardo Braide deixou no ar uma interrogação sobre seu futuro político, mas garantiu que não será, em 2018, candidato a deputado estadual, ou seja, está pronto para concorrer a qualquer outro cargo: deputado federal, senador ou governador. (Maranhão Hoje)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Os comentários não representam a opinião deste blog. Os comentários anônimos não serão liberados. Envie sugestões e informações para: blogdoludwigalmeida@gmail.com