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segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Eleição muito desigual, duas máquinas contra um candidato, afirma Alexandre Almeida

Em entrevista ao Blog do Ludwig o deputado estadual Alexandre Almeida (PSD), tratou de alguns assuntos relacionados às últimas eleições em Timon que ele participou na condição de candidato a prefeito. Sobre a disputada o parlamentar considerou desigual e disse que lutou contra duas máquinas, no caso a prefeitura e o governo do estado. Ele também tratou sobre as doações de campanha do prefeito Luciano Leitoa e fez uma revelação sobre um dos doadores.

Confira abaixo a íntegra da entrevista:

A que o senhor atribui sua derrota nestas eleições em Timon?

Nessa eleição, não tivemos uma disputa entre dois candidatos, mas sim entre um candidato de um lado e duas máquinas do outro: a prefeitura de Timon e o governo estadual. Por essa razão, tivemos uma eleição muito desigual. A prefeitura nunca empregou tanta gente como na véspera do início da campanha eleitoral; o governo estadual teve todo o tempo para colocar asfalto em nossa cidade, mas resolveu colocar na boca da eleição; na praça São José começaram a obra da reforma, inclusive sem placa, já no período eleitoral. Até passaram a receber currículos numa estrutura do Parque Empresarial; o governador só no período da campanha veio três vezes a Timon. Por isso, tenho a tranquilidade em dizer, que não perdemos para um candidato, perdemos para uma estrutura de poder gigantesca que organizaram contra nós.

O senhor já afirmou que tem o sonho de administrar Timon. A sua busca por este sonho continua?

Continuo sim com o sonho de administrar minha Timon, pois acredito muito no potencial de nossa cidade. Estamos numa localização geográfica fantástica. Temos tudo para desenvolver nosso município, gerar emprego e renda, enfim melhorar a vida da nossa gente. O que queremos na verdade é só uma oportunidade, e com tudo que construímos politicamente até aqui, estou muito confiante que estamos muito perto de ter essa oportunidade. Na eleição passada para prefeito, tivemos pouco mais de 5 mil votos, nessa eleição, com o apoio de muitas lideranças e a união da oposição, ficamos na casa dos 38 mil votos, então não tenho dúvidas que o futuro está se abrindo para a nossa geração.

O prefeito reeleito acusa a oposição de promover um segundo turno através da justiça eleitoral. O que o Senhor tem a dizer sobre isso?

É impressionante como o prefeito sempre foge da verdade. Se o candidato eleito está com algum problema na justiça eleitoral, porque recebeu quase três mil doações irregulares, isso nada tem a ver com a oposição, e sim com a forma que ele utilizou para financiar sua campanha. Esse processo nasceu por iniciativa da própria justiça eleitoral, que analisando a prestação de contas do candidato eleito identificou essas irregularidades. Então, se o candidato já está preparando seu grupo para alguma decisão judicial, que ele seja honesto em dizer por que está nessa situação, e não venha politizar um assunto muito sério, como esse que ele está envolvido. Nos depoimentos colhidos pela justiça eleitoral tem um cidadão que é doador, é cadastrado no Bolsa Família e ainda é empregado na prefeitura recebendo mais de R$ 2 mil reais. Isso é muito grave. Esse é um depoimento, de centenas que estão sendo colhidos, que confirmam captação ilícita de recursos.

O senhor sai magoado dessa campanha por não ter logrado êxito ou por algum episódio durante o pleito?

Não posso sair magoado de uma eleição obtendo mais de 38 mil votos. É lógico que queríamos vencer a disputa, e lutamos muito para isso. Tenho a consciência que fizemos tudo que estava ao nosso alcance, mas como disse acima, a luta foi desigual. Fazendo uma retrospectiva sobre o que aconteceu em nossa campanha, só posso ficar orgulhoso por tudo que foi feito pelas lideranças e pelo povo timonense, que me deram a oportunidade de fazer uma campanha alegre, respeitosa e com muito sentimento.

Como pretende continuar seu trabalho como deputado estadual em relação à Timon, a partir de agora? Acha que deve mudar em relação a alguma coisa? E em relação ao restante do Maranhão?

A lei não me proibia, mas eu não considerava correto ser candidato e ao mesmo tempo exercer o mandato de deputado estadual, por essa razão eu tirei licença de quatro meses sem vencimentos. Devo voltar à Assembleia em dezembro.  Quando voltar ao exercício do mandato, iremos continuar trabalhando pelo bem de nosso Estado e, em especial,do nosso município de Timon, pois nosso compromisso é com a nova política.

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