Aquiles Emir - Não há prova maior de amor por um município do que a demonstrada por Leonardo Barroso Coutinho, o Léo Coutinho (PDT), candidato à reeleição em Caxias, no interior maranhense. Dos 761 mil 600 que juntou para a campanha deste ano, R$ 750 mil são do próprio bolso, e isto significa dizer que está investindo num novo mandato tudo o que já recebeu como prefeito da cidade, tudo em nome do povo.
Segundo dados da própria Prefeitura de Caxias, o salário do prefeito é de R$ 17 mil 500, o que significa dizer que em três anos e sete meses, isto é, de janeiro de 2013 a julho de 2016, se não tivesse nenhum desconto para Previdência Social, Imposto de Renda etc e não tivesse consumido um cafezinho com dinheiro do seu salário, teria juntado R$ 752 mil 500.
Pois bem, para bancar a sua campanha de reeleição, Léo Coutinho decidiu investir R$ 750 mil e pediu ao tio Humberto Coutinho (PDT), deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa R$ 11 mil 600, ou seja, basta a família para bancar a despesa. É curioso observar como para uma campanha em Caxias, cuja população, segundo o censo do IBGE é 118.534, quase dez menos menos do que São Luís, Léo Coutinho gasta mais do que o prefeito da capital, que teria botado na campanha, até agora, R$ 710 mil 300.
Outra curiosidade é a renda extra do prefeito, pois pelas exigências do TSE, a máximo permitido para doação pessoal deve corresponder a 10% da renda anual, declarada à Receita Federal, ou seja, Léo Coutinho faturou em 2015 mais de R$ 7,5 milhões.
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