Peço desculpas
aos maranhenses. Se arrependimento matasse...
Lembro que de toda a esperança que não só eu, mas
milhões de maranhense colocaram no projeto de mudança apresentado pelo então
candidato a governado Flávio Dino na eleição de 2014.
De Norte a Sul, de Leste a Oeste do Maranhão a
"onda vermelha" embalava sonhos de dias melhores, projetos de
emancipação socioeconômicos, liberdade e mais justiça para um estado que já
não aguentava mais o domínio político de um grupo que por quase meio século mandava
e desmandava nos destinos do nosso estado.
Lembro ainda do discurso histórico de posse quando o
primeiro governador comunista da história do país afirmou: "Leões, agora
vocês não vão mais rugir para o povo (…) Vocês estão despidos dos brasões da
oligarquia”. Balela!
Pode parecer exagero da minha parte, mas a sensação
que passa é que nunca os 'Leões" rugiram tão ruidosa e perversamente como
neste quase dois anos de poder comunista no Maranhão. Basta ver a postura do
governador e do seu principal homem, o secretário de (des) Articulação Política
e Comunicação, jornalista Márcio Jerry.
Na pasta da (des) Articulação Política age como um
bode brabo em loja de louças, perseguindo adversários políticos, atentando
jornalistas e blogueiros não alinhados ao projeto de poder dos Leões,
afugentando aliados, cooptando pessoas de alma fraca e abusando de poder
político para favorecer os da "panelinha".
Já na pastas da Comunicação age como um Joseph
Goebbels, mentindo e mentindo, tantas mentiras quanto forem possíveis até
virarem verdade aos olhos do povo. Nada de novo na área de Comunicação do
Governo do Estado a não ser a forma discricionária como veículos e
profissionais são tratados de forma deselegante de como usam alguns blogueiros
para atacar a honra e dignidade de adversários desse poder comunista que assola
o estado.
Mas, não existiria Márcio Jerry se não existisse
Flávio Dino. É como se quisermos entender Joseph Goebbels sem entender Adolf
Hitler. Ambos são face da mesma moeda!
Sinto-me decepcionado, angustiado e, sobretudo,
indignado por saber que o meu voto serviu para implantar práticas de uma
ideologia autoritária no estado que nem no auge da oligarquia Sarney, quiçá do
vitorinismo, se viu por estas terras onde canta o sabiá.
Conforta-me saber que nunca é tarde para reparar
erros.
E 2018 está chegando para eu prestar conta com a minha
consciência quanto ao erro que cometi em 2014 votando num déspota esclarecido.
Peço desculpas aos maranhenses pelo voto em Flávio
Dino e Márcio Jerry.
(Por Igor Igreja, advogado timonense)
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