Jorge Aragão - O primeiro secretário da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, deputado Edilázio Júnior (PV), classificou de ‘fraco’ o desempenho político do governador Flávio Dino (PCdoB) na cidade de Imperatriz.
Ele afirmou que a adesão do comunista à pré-candidatura de Rosângela Curado (PDT) – com quem havia rompido politicamente no ano passado -, somente ocorreu após o fracasso de outras duas pré-candidaturas do PCdoB na cidade da Região Tocantina e enfatizou que apesar de ter alcançado votação expressiva nas eleições de 2014 naquela cidade, o governador sofre hoje com a forte rejeição do eleitorado local. Edilázio também disse que o apoio de Dino a Curado deve acabar prejudicando a pré-candidatura da pedetista.
“Vou pedir até aos meus colegas e à imprensa que me corrijam se eu estiver falando alguma bobagem em relação a Imperatriz. O primeiro candidato: Clayton Noleto. Uma invenção. Ele [Dino] achou que era Lula para fazer semelhante ao que fez com Haddad lá em São Paulo. Com a margem de erro para cima, Clayton Noleto não chegou a 2%. Chamou em seguida o deputado estadual Marco Aurélio, que inclusive já foi testado nas urnas. Aí, foi não sei quantas vezes para Imperatriz e povo que é bom, nada. Porque? Falta discurso, Imperatriz não tem nada. Seria muito mais fácil para o deputado Marco Aurélio se ele fosse hoje prefeito de Imperatriz, com a oposição no Governo do Estado. Ele iria falar que o Governo persegue Imperatriz, que não respeita os tocantinenses, que Imperatriz não recebe nada. Seria um passeio. Mas hoje, na situação em que está, não tem discurso”, disse.
Ele afirmou que a decisão do PCdoB em apoiar Rosângela Curado foi um recuo, que simboliza o fracasso do projeto político do governador Flávio Dino.
“Se o governo tivesse forte, o natural seria Rosângela Curado abrir para o candidato do governador, ou o candidato do governador abrir para Rosângela? Ainda vou dizer mais: doutora Rosângela Curado, pessoa séria, decente, que tenho estima e carinho muito grande, foi demitida da Secretaria de Saúde e humilhada pelo Governo. Foi humilhada. E quem se encarregou de humilhá-la e de difama-la, é justamente quem hoje a apoia. Rosângela hoje é cercada hoje por quem a difamou por todo o estado. E não foi a família Sarney, não foi Ildon Marques, não foi o delegado Assis. Quem a difamou, quem cerca ela hoje”, completou.
Edilázio Júnior finalizou destacando a coerência e lealdade do deputado federal Weverton Rocha (PDT) e questionando os tais grupos políticos de Flávio Dino.
“Tiro o chapéu para o deputado Weverton Rocha, que depois de Rosângela ter sido humilhada no Governo, foi quem ficou ao lado dela. Aí o candidato o PCdoB vem com balela para dizer que abriu em Imperatriz em favor do grupo. E aqui em São Luís, não tem grupo? Em Pinheiro, não há grupo? Em Timon também não há grupo do governador Flávio Dino?”, finalizou.
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