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segunda-feira, 6 de junho de 2016

Moradores de Timon denunciam que alunos estão há quase seis meses sem livros e nem fardamento

3º Ouvindo Timon debateu problemas do Parque São Francisco e região
A 3ª edição do seminário “Ouvindo Timon – Construindo com você o nosso plano” foi realizada na noite da última sexta-feira, 03, na quadra do Colégio CENAPLI, no Parque São Francisco, em Timon. O evento é uma realização do Partido Social Democrático – PSD - Timon e do Espaço Democrático – Fundação de Estudos e Formação Política do PSD, e tem por objetivo debater com toda a população timonense os problemas da cidade, assim como buscar soluções para a sua resolução. Com uma grande interação dos moradores da região o seminário pôde debater os problemas que mais afligem a população do Parque São Francisco, como a falta de atendimento médico, a precária infraestrutura das ruas, a crescente onda de violência, entre outros.

Dona Raimunda e dona Antônia, ambas moradoras do Parque São Francisco afirmaram que ainda hoje tentam encontrar as escolas que elas veem na propaganda da prefeitura de Timon na televisão, pois segundo dona Raimunda os seus netos de 4 anos, que estudam no Pré-Escolar Tia Conrada nunca receberam os livros didáticos e nem as fardas de 2016. “Já está para encerrar o primeiro semestre e eles ainda não tem livro, como é que a criança vai estudar se não tem livro?”, questionou Dona Raimunda.

Careca, que é mototaxista e também mora no Parque São Francisco, apontou a questão da segurança e a situação da infraestrutura das ruas do bairro como os principais problemas da região. “Vivemos um caos na segurança, pois não há políticas de educação e esporte para os jovens. O esporte em nossa cidade acabou, não existem mais campeonatos organizados pela secretaria de esportes. Nossos jovens estão abandonados pela prefeitura e isso acaba ocasionando o aumento da criminalidade.  Estamos vivendo um descaso total, é só ir na casa de qualquer moradores daqui ou de qualquer bairro de Timon e perguntar para ver que a população se sente abandonada”, relatou.

O empresário Adalberto relatou que em Timon os empresários estão tendo que se adaptar à falta de segurança para poder trabalhar. “Eu abria minha empresa às 07h e ficava até às 18h direto, mas por conta da falta de segurança passei a fechar ao meio-dia, pois percebi que este era um dos horários mais perigosos, ou seja são os bandidos que dizem como os empresários devem trabalhar”.
Adalberto questionou também a qualificação profissional dos jovens timonenses. “Eu fico imaginando quantos empregos serão gerados com o Parque Empresarial e se estas vagas serão preenchidas pelos jovens timonenses, pois não temos nenhuma política de qualificação profissional para os jovens timonenses. Precisamos de meios de qualificação para os nossos jovens para que eles ocupem essas vagas. Ocupando a mente dos nossos jovens, vamos dar um futuro melhor para eles e consequentemente um futuro melhor para toda a cidade”, concluiu.

Saúde preocupa moradores

Uma reclamação constante dos moradores foi a situação da saúde pública de Timon. Moradores denunciam que nos postos de saúde faltam materiais básicos, como gase, lâmina, seringa, entre outros. O morador Antônio disse que as Unidades Básicas de Saúde de Timon são simplesmente placas. “Estas obras têm uma estrutura falida, muitas ainda estão fechadas e as que funcionam não atendem a população da forma adequada”, criticou.

Outro problema relatado por Antônio foi a atual situação em que se encontra a Unidade de Pronto Atendimento. “Há algumas semanas atrás eu estive na UPA e vi a triste realidade em que está aquela unidade, que até bem pouco tempo serviu tão bem a população Timonense”, apontou.

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