Levantamento do MPF aponta que Bahia, São Paulo, Pernambuco, Maranhão,
Ceará e Minas somam R$ 4 mi em irregularidades.
O Maranhão é o quarto estado no
ranking de repasses suspeitos do Bolsa Família, segundo levantamento do
Ministério Público Federal (MPF). A Bahia lidera o ranking, seguida por São
Paulo, Pernambuco, Maranhão, Ceará e Minas Gerais, que somam R$ 4 milhões em irregularidades
no programa. Em todo o país, segundo o MPF, cerca de R$ 2,5 bilhões do Bolsa
Família estão sob suspeita de fraude, envolvendo 1,4 milhão de beneficiários.
A Bahia registrou irregularidades
no repasse de R$ 642.832.641 a beneficiários do Bolsa Família, segundo
investigação do Ministério Público Federal (MPF) com base em dados referentes a
2013 e 2014. O valor é o maior entre as unidades da federação em que o MPF
encontrou suspeitas de fraude nos benefícios.
De acordo com a investigação, dos
cerca de R$ 6,8 bilhões repassados a beneficiários do Bolsa Família na Bahia,
R$ 642.832.641 são destinados irregularmente a pessoas que não têm direito,
como servidores públicos, doadores de campanha, empresários e pessoas que já
morreram.
No levantamento por cidades,
Salvador registra os maiores valores de suspeita de fraude no programa social,
seguida por Brasília, João Pessoa, Manaus e Recife.
Investigação
O MPF criou uma ferramenta que
cruza dados e identifica possíveis irregularidades no preenchimento de
requisitos para ter direito ao Bolsa Família. O cruzamento das informações leva
em conta dados da Secretaria Nacional de Renda e Cidadania (Senarc), do
Ministério de Desenvolvimento Social e Agrário, do Tribunal Superior Eleitoral,
da Receita Federal e de tribunais de contas dos estados.
Responsável pelo cadastro e
pagamento do benefício, o ministério tem até o dia 23 de junho para informar as
providências a serem tomadas diante das irregularidades encontradas pelo MPF.
Em nota, o Ministério do
Desenvolvimento Social e Agrário admite a “possibilidade de irregularidades na
gestão anterior” e informa que pretende melhorar o controle e os meios de
fiscalização dos beneficiários do Bolsa Família, entre outras medidas, com a criação
de um comitê de controle que garanta a destinação correta do benefício “para
quem precisa”. (O Imparcial)
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