Josef Stalin foi um dos mais cruéis ditadores da história da humanidade.
O saudoso jornalista e escritor uruguaio Eduardo Galeano costumava dizer que assim como temos que diferenciar a inquisição do cristianismo, também temos que separar stalinismo de socialismo.
Tirano de boa parte da história da antiga União Soviética, Stalin foi o responsável direto pelo grande salto que o país deu para deixar de ser uma economia meramente agrícola para se transformar em uma potência de primeiro mundo.
Mas esse salto soviético rumo ao desenvolvimento industrial e militar deu-se a um custo humano extraordinário. Em nome da “Pátria Soviética”, milhões de pessoas pagaram com suor e sangue.
Milhões de jovens, homens e mulheres foram escravizados para atender aos delírios megalomaníacos do ditador russo.
Desgraçadamente irônico, sob o lema da “defesa do proletariado”, explorou-se, expurgou-se, matou-se e fez-se misérias com pobres trabalhadores, inclusive muitos que eram “soldados da revolução”.
Não é por acaso que muitos intelectuais, mesmo da esquerda socialista, não se intimidam em afirmar que Stalin está para o comunismo como Hitler está para o nazismo, tal a brutalidade nos métodos para exterminar adversários que ambos os ditadores usaram e abusaram.
Por ser uma figura histórica tão cruel, chega a soar como exagero a comparação que o prefeito de Santa Inês, Ribamar Alves, fez do governador Flávio Dino com Josef Stalin.
Contudo, se ao contrário de Stalin ele não mata, expurga ou explora o seu povo, não há como negar que o governador do Maranhão persegue, discrimina e processa adversários políticos por mera questão de ego. Flávio Dino tem o defeito que é próprio de quem não preza muito pelas diferenças de opinião: o defeito de guardar o sentimento de ressentimento.
Se Ribamar Alves, que é (ou era) aliado, apoiou e votou em Flávio Dino, o considera o “Stalin do Maranhão”, o que será que dizem do comunista os prefeitos que não estiveram no palanque do “65” em 2014?
A verdade é que o prefeito de Santa Inês apenas expressou algo que é recorrente na classe política, qual seja que Flávio Dino despreza e humilha aliados, e “mata” os adversários. Aliás, mesmo alguns desses aliados são colocados na lista vermelha do Palácio dos Leões por serem considerados como “ameaça” ao projeto de poder do comunismo no Maranhão.
Se Ribamar Alves exagerou ou não na comparação do nosso governador com ditador da antiga União Soviética, o fato é que ele revelou o que rola pelos bastidores da política entre os que ainda se dizem aliados do governador Flávio Dino.
Que Stalin descanse em paz.
Se isso for possível.
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