Governo ainda não pagou parte das emendas parlamentares de 2015 e o
valor total da verba destinadas aos parlamentares de 2016.
A lua de mel do governador Flávio
Dino (PCdoB) com deputados membros da sua base aliada na Assembleia Legislativa
está no fim. Há pelo menos três semanas que o Poder Executivo tenta aprovar
propostas, mas não consegue por falta de quórum. O motivo para o esvaziamento é
a falta de pagamentos das emendas parlamentares ainda de 2015.
A manobra de esvaziar o plenário
é comandada pelo Bloco União Parlamentar do deputado Josimar de Maranhãozinho
(PR) e tem ainda a adesão de deputados do Bloco Unidos pelo Maranhão.
Os deputados até aparecem na
sessão, mas depois do período do pequeno expediente, os parlamentares se ausentam
do plenário para evitar a votação.
Estão na pauta da Assembleia há
mais de três semanas cinco mensagens do governo com projetos de lei. As propostas
já passaram por comissões da Casa, mas não conseguiram ser apreciadas.
Duas delas são referentes a
política de aumento de arrecadação do Poder Executivo. No projeto de lei
84/2016, o governo quer fazer modificações no sistema tributário. Essa
proposição tem parecer favorável da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e
governistas até cogitaram em apresentar requerimento pedindo votação em regime de
urgência da proposta.
Rafael Leitoa, que preside a CCJ,
foi um dos deputados que admitiu a intenção de pedir urgência, mas nunca apresentou
para não expor o descontentamento da base governista.
O líder do governo, Rogério
Cafeteira (PSB), admite que há atrasos no repasse, mas que o governo está se esforçando
para pagar as emendas.
“Sabemos que os deputados querem
o pagamento das emendas e o governo tem a intenção de pagar, mas isso será
feito quando o caixa do estado permitir. Estamos em uma crise econômica em todo
o Brasil e no Maranhão não é diferente”, afirmou Cafeteira.
Pelo previsto no Orçamento
estadual em 2015, os deputados estaduais tinham cada um direito ao repasse de
cerca de R$ 3 milhões. Desse total, menos de 10% foi repassado aos deputados em
fevereiro do ano passado para as festas do carnaval.
Depois disso, o governo
estabeleceu regras para que o repasse fosse repassado. As prefeituras indicadas
pelos parlamentares deveriam apresentar documentos para que os valores fossem
repassados em forma de convênios. Algumas prefeituras chegaram a receber, mas
somente uma parte e já este ano.
Do total de 2015, foram
repassados para os deputados 50% dos valor. O restante seria pago em março,
abril, maio e agora junho e nada foi repassado.
Redução - Já em relação aos
valores referentes as emendas de 2016, a previsão era de que os deputados receberiam
cerca de R$ 3,1 milhões. No entanto, se chegar a serem pagas as emendas, os
deputados deverão receber somente R$ 2 milhões.
O que o governo alega é que falta
dinheiro para pagar as emendas. O problema é que os deputados são pressionados
por suas bases – principalmente os prefeitos que concorrerão a reeleição – para
que obras cheguem aos municípios. (O Estado)
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