Marcos Bruno de Oliveira é
suspeito de ajudar na fuga de Jhonatan de Sousa, assassino confesso do
jornalista; ele irá a júri popular pela segunda vez pois o primeiro foi anulado
por ter recorrido da decisão judicial.
O julgamento de Marcos Bruno
Silva de Oliveira, envolvido no assassinato do jornalista Décio Sá, está
previsto para ocorrer no dia 13 deste mês. O crime ocorreu no dia 23 de abril
de 2012, na Avenida Litorânea, em São Luís. O executor confessor do jornalista,
Jhonatan de Sousa Silva, já foi condenado pelo crime em fevereiro de 2014.
O julgamento será feito pela 1ª
Vara do Tribunal do Juri. Em fevereiro de 2014, Marcos Bruno chegou a ser
condenado a 18 anos e 3 meses de reclusão pelo crime, mas ele recorreu da
decisão e o julgamento foi anulado pelo Tribunal de Justiça e agora será
submetido a novo júri popular.
Atualmente Marcos Brunos está
preso na capital maranhense. Ele é acusado de dar fuga ao autor do assassinato
no dia do crime contra o ex-jornalista de O Estado. Durante o julgamento, Jhonatan
de Sousa será uma das testemunhas ouvida no processo.
Em novembro do ano passado, a 2ª
Câmara Criminal do Tribunal de Justiça decidiu aumentar para 27 anos e 5 meses
(um acréscimo de 2 anos e dois meses) a pena de Jhonatan de Sousa, que já havia
sido condenado anteriormente pelo juiz Osmar Gomes, em fevereiro de 2014. Foi
nessa mesma sessão que foi anulado o julgamento em que Marcos Bruno, então
condenado a 18 anos e 3 meses de cadeia, também por envolvimento no assassinato
de Décio Sá. Na ocasião foi despronunciado Shirliano Graciano de Oliveira, o
Balão, a ir a júri popular pelo mesmo crime.
Anulação
Para chegar à pena total, o
relator do processo, desembargador José Luiz de Almeida, considerou a reanálise
das circunstâncias judiciais e definiu uma pena de 27 anos e 5 meses, a ser
cumprida inicialmente em regime fechado. Em relação ao julgamento de Marcos
Bruno Silva, o desembargador acatou as alegações da defesa e anulou a decisão
proferida pelo juiz Osmar Gomes.
Com relação à Shirliano Graciano,
o desembargador José Luiz de Almeida indeferiu a ida do réu a júri popular por
considerar que não foi comprovada a materialidade da participação dele na morte
do jornalista. Para o magistrado, uma ligação telefônica de envolvidos para a
esposa de Shirliano Graciano, identificada como Adriana Silva de Oliveira, e o
encontro dele com outros indiciados não provam seu envolvimento.
Agiotagem
Em fevereiro deste ano, 2ª Câmara
Criminal do Tribunal de Justiça indeferiu o pedido de liberdade provisória em
favor de José de Alencar Miranda de Carvalho. Segundo a polícia, ele e seu
filho, Gláucio Alencar Pontes Carvalho, também são acusados de terem
participado da morte do jornalista e blogueiro, Décio Sá.
Eles teriam prometido a quantia
de R$ 100 mil ao assassino confesso, Jhonatan de Sousa Silva. Os dois são
suspeitos, ainda, da participação do assassinato do empresário Fábio Brasil, em
Teresina, no Piauí, e de comandarem uma quadrilha especializada em agiotagem e
em esquema fraudulento em mais de 40 prefeituras no estado.
O relator do processo,
desembargador José Luiz Almeida, afirmou em sua decisão que o suposto
agravamento do estado de saúde de José de Alencar Miranda Carvalho não
justifica, por si só, a revogação da prisão domiciliar, uma vez que esta não
impede que o acusado receba tratamento médico adequado. O entendimento do
relator foi seguido pelos desembargadores José Bernardo Rodrigues, presidente
da Segunda Câmara Tribunal, e do magistrado Vicente de Paula.
Mais
Décio Sá era repórter da editoria
de Política de O Estado e autor de um dos blogs mais acessados do Maranhão. Ele
foi executado com cinco tiros de pistola ponto 40 pelo matador de aluguel
Jhonatan de Sousa Silva. Após o assassinato, o criminoso foi transportado em
uma motocicleta pilotada por Marcos Bruno Silva de Oliveira.
Em 13 de junho de 2012, a polícia
realizou a Operação Detonando, que resultou na prisão de oito pessoas suspeitas
de envolvimento no assassinato do jornalista. Os detidos foram José Raimundo
Sales Chaves Júnior, o Júnior Bolinha; os policiais Alcides Nunes da Silva e
Joel Durans Medeiros; Elker Farias Veloso; o capitão da Polícia Militar, Fábio
Aurélio Saraiva Silva, o “Fábio Capita”; Fábio Aurélio do Lago e Silva, o
“Bochecha” (solto em julho de 2013 por falta de provas); os empresários Gláucio
Alencar Pontes Carvalho e José de Alencar Miranda Carvalho, pai de Gláucio, que
cumpre prisão domiciliar desde agosto de 2014 em razão do seu estado de saúde
(ele é cardiopata).
(O Estado)
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