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sábado, 5 de março de 2016

Flávio Dino vê exagero na condução coercitiva de Lula e esquece como sua polícia trata adversários do governo

Governador Dino só ver exageros no caso de Lula...
Aquiles Emir - O governador Flávio Dino (PCdoB), que é ex-juiz federal, decidiu opinar sobre a ação da Polícia Federal, que, obedecendo determinação do seu ex-colega Sérgio Moro, de Curitiba (PR), fez uma condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na manhã desta sexta-feira (04), na 24ª etapa da Operação lava Jato da Polícia Federal (PF). “Abusos devem ser evitados”, disse o governador pelo twitter.

Realmente abusos precisam ser evitados, como bem sabe o empresário João Guilherme de Abreu (ex-chefe da Casa Civil de Roseana Sarney), que teve o prédio em que reside, na Ponta d´Areia, cercado por agentes da Polícia Civil e soldados da Polícia Militar, instituições comandadas por Flávio Dino, que de posse de armamento pesado queria prendê-lo de forma desmoralizante e, depois, mesmo comunicando que iria se apresentar para depor, João Abreu foi levado a uma delegacia em viatura da Polícia Civil que o aguardava no Aeroporto Marechal Hugo da Cunha Machado.

Mais recentemente, o prefeito de Santa Inês, Ribamar Alves, denunciado por uma suposta prática de estupro, foi transferido para São Luís num espetáculo midiático de fazer inveja aos policiais que estiveram na casa do ex-presidente Lula nesta sexta-feira.

Flávio Dino também não viu nenhum exagero da Polícia Federal quando ela esteve na casa do ex-secretário de Saúde Ricardo Murad para levá-lo a depor sobre supostos desvios de verbas quando exercia função pública. Alguns dos seus secretários, aliás, fizeram festa pela internet.

A verdade é que, desde o desencadeamento da Lava Jato, o governador do Maranhão espera pelas prisões da sua antecessora Roseana Sarney, do ex-ministro de Minas e Energia e senador Edison Lobão e outros adversários políticos. Como até agora a maioria dos presos é aliada política do seu partido, o PCdoB, o governador toma as dores dos que precisam se explicar perante a Nação. 

“Medidas coercitivas devem obedecer ao princípio da proporcionalidade (necessidade). Não me parece o caso na condução do ex-presidente Lula”, ensina Flávio Dino.

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