Governador do Maranhão, que é ex-juiz federal, questionou o caso dos grampos telefônicos do ex-presidente Lula, que atingiram também a presidenta Dilma Rousseff: “Há limites legais que, quando quebrados, resultam em grandes erros”.
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), usou as redes sociais nesta quarta-feira (16) para comentar os desdobramentos da Operação Lava-Jato. Segundo ele, há limites legais que estão sendo desrespeitados, como no caso dos grampos telefônicos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que atingiram também a presidenta Dilma Rousseff.
Na conversa, ela diz que está enviando a nomeação de Lula para o comando da Casa Civil e o orienta a usar em caso de necessidade. “Chegamos a uma grave crise institucional. Sem serenidade, difícil sair dela sem a destruição do Estado Democrático de Direito”, escreveu Dino em seu perfil no Facebook.
O governador, que é advogado e ex-juiz federal, afirmou que reconhece importância da operação, mas que as regras constitucionais e processuais não podem ser quebradas.
Leia abaixo o depoimento na íntegra:
Há limites legais que, quando quebrados, resultam em grandes erros. Infelizmente é o que, nesse momento, acontece com operação Lava-Jato.
Muito difícil que a legalidade dessa interceptação telefônica seja confirmada quando do exame sereno e técnico das provas daí advindas.
Tenho desde o inicio apontado a importância da Lava-Jato. Mas regras constitucionais e processuais não podem ser quebradas. Lamento muito.
Chegamos a uma grave crise institucional. Sem serenidade, difícil sair dela sem a destruição do Estado Democrático de Direito.
(Revista Fórum)
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