Tribunal de Justiça deu sentença
a 74 gestores e ex-gestores entre 2012 e 2015, mas nenhum deles chegou a
cumprir efetivamente a pena até agora.
Chico Leitoa tem três condenações; Jomar Fernandes aparece com duas |
O Estado - Praticamente todos os 74
prefeitos e ex-prefeitos maranhenses que foram condenados pelo Tribunal de
Justiça nos últimos quatro anos continuam influenciando, direta ou
indiretamente, a política e as eleições municipais. Muitos destes condenados
serão, inclusive, candidatos nas eleições de outubro.
O TJ condenou gestores e ex-gestores
nos anos de 2012, 2013, 2014 e 2015. Alguns, como o ex-prefeito de Timon, Chico
Leitoa (PDT), aparecem até três vezes na lista do tribunal. No caso de Leitoa,
mesmo triplamente condenado, ele ainda é uma das principais lideranças
políticas no município, pai do atual prefeito Luciano Leitoa (PSB). Em Timon há
ainda outra ex-gestora condenada: a ex-prefeita Socorro Waquim (PMDB), que
também deve disputar as eleições de outubro.
O problema das condenações sem
efetivo cumprimento da pena se dá por causa das filigranas jurídicas por trás
das leis brasileiras. No caso de gestores e ex-gestores, eles só ficam
inelegíveis quando têm condenação criminal por um colegiado de juízes, já transitada
em julgado. Como a própria lei oferece uma infinidade de recursos, estes
gestores podem continuar a disputar eleições mesmo após terem sido pilhados
pela legalidade.
Figurões
Entre os condenados maranhenses
estão os ex-prefeitos de São Luís, Tadeu Palácio (PP), de Imperatriz, Jomar
Fernandes (PT), de Codó, Biné Figueiredo (PDT); de Barra do Corda, Manoel
Mariano “Nenzin” (PV), e de Bacabal, José Vieira (PR).
Em alguns municípios, foram mais
de um os condenados. É o caso de Açailândia, por exemplo. Em 2013, a Justiça
condenou Deusdedith Sampaio, que foi prefeito de Açailândia entre 1996 e 2004.
Em 2015, a condenada foi Cleide Santos (PMDB), que esteve á frente do município
até 2014.
Em Paço do Lumiar o caso se
repete. A ex-prefeita Bia Venâncio foi condenada em julgamentos nos anos de
2012 e 2014. Ela governou Paço do Lumiar entre 2008 e 2012. Já na relação de
condenados de 2015 aparece Mábenes Fonsêca (PDT), que foi prefeito entre 2004 e
2008.
Alguns destes condenados
respondem também a ações na Justiça Federal, e nos tribunais de contas do
Estado e da União. Como muitos poucos têm processos transitados em julgado, apenas
estes ficarão de fora das eleições de outubro. Mas deverão ter parentes na
disputa.
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