Buracos grandes nas ruas, lixo
distribuído de forma inadequada e até jogado na via pública, desabastecimento
de água e a falta de serviço de esgotamento sanitário são cenários típicos da
precariedade em que vivem comunidades periféricas caxienses
O Estado - A reclamação constante dos
moradores caxienses, principalmente daqueles que residem em ruas de bairros
periféricos, é a falta de estrutura delas. Em algumas comunidades parece que a
ação do poder público não chega. Os buracos, o lixo distribuído de forma
inadequada, desabastecimento de água e a falta de esgoto são sintomas da
precariedade.
Rua Rua Porto da Pólvora está intransitável |
No bairro João Viana, uma invasão
que se transformou em bairro há mais de 20 anos, algumas ruas estão
abandonadas. Algumas sequer existem no mapa de Caxias. São esburacadas, tomadas
pelo mato e quando chove a situação piora, transformando-as em um grande
lamaçal.
Por esses bairros não passa
carro, nem ambulâncias podem chegar para socorrer a população porque o acesso é
difícil. Quem relata isso são os próprios moradores da Rua Frei Serafim, no
bairro João Viana. Eles tiveram que carregar um idoso no colo até a ambulância
para que o paciente pudesse ser socorrido.
“Foi uma vergonha, mas se a gente
não tivesse feito isso ele não teria como ser ajudado. A rua é essa sujeira
doida e quando a gente pensa que eles vão consertar, só mandam um trator passar
para enganar a gente”, reclamou Francisca da Paz, moradora do bairro.
Conviver com a sujeira e o
descaso faz parte da rotina de muitos caxienses que já não sabem mais a quem
cobrar medidas para solucionar os problemas. A Prefeitura de Caxias, embora
tenha recebido mais de R$ 6 milhões nos últimos anos, somente para a aplicação
em melhoria de ruas e calçamento, conforme o Portal da Transparência, pouca
coisa mudou.
Na Rua Santa Cruz, no bairro
Refinaria, por exemplo, quando chove forte é um tormento, porque a rua é
alagada já que a água não tem por onde escoar. A rua é calçada e os problemas
só ficam mais evidentes quando a chuva cai. Em outros locais a situação é mais
complicada porque além de não existir calçamento, a rede de esgoto se mostra
mais precária assim como em todo o resto da cidade.
Esgoto - O último serviço de esgotamento feito em Caxias aconteceu
ainda na década de 1990. O município apesar de ter crescido na última década, não
dispõe de sistema de esgotamento sanitário.
O esgoto residencial ainda corre
a céu aberto na porta das casas e deságua nos mananciais caxienses que cortam o
município e foram transformados em imensos bueiros a medida que a cidade foi
crescendo, como ocorreu com a Praça Gonçalves Dias, construída em cima de um
riacho há mais de 50 anos e que hoje recebe o esgoto de diversos cantos da
cidade. A maioria das residências tem fossas sépticas individuais.
Vale ressaltar que o último
serviço realizado para mexer nas tubulações e encanamentos que cortam ruas e
avenidas da cidade ainda está sendo feito e nada tem a ver com esgotamento. Trata-se
apenas de uma troca de encanamentos antigos, que eram de amianto, por novos em
PVC. Não há no município nenhum projeto que contemple o esgotamento e muito
menos o calçamento e/ou asfaltamento das ruas do Bairro João Viana.
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