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sábado, 28 de março de 2015

Obra da Praça do Panteon de Caxias não foi concluída

Logradouro, que é um dos mais importantes da cidade, está ocupado pelo comércio informal

Tapumes que protegiam a Praça do Panteon
A empresa Thema, responsável pela obra de reforma da Praça Panteon, no centro de Caxias, já retirou os tapumes que cobriam as grades que cercam o logradouro. Isso acabou revelando o que muitos suspeitavam. Iniciada há quase seis meses, a obra não foi concluída.

Os únicos serviços feitos até agora foram a instalação de alguns postes de luz, que imitam os utilizados na época colonial, e a retirada da antiga fonte luminosa, que era instalada no centro da praça e era um dos cartões postais de Caxias. As grades também receberam pintura.

Não há mais bancos na Praça do Panteon. Todos foram retirados desde que a reforma começou, para um suposto reparo. Os trabalhadores já não estão mais na praça, e a obra parece ter sido abandonada.

No logradouro, não foi instalada uma placa especificando o que seria feito no local, quanto seria gasto, nem o prazo de entrega da obra, muito menos a origem dos recursos gastos na sua execução. Mesmo sabendo que esta é uma exigência de lei, a placa com as informações nunca foi colocada.

Representantes do Sindicato da Construção Civil estiveram no local ainda no começo da obra e constataram a irregularidade da falta de informação. Durante a visita, a única que tiveram foi acerca da origem da empresa responsável pela reforma, que tem sede na Asa Norte, em Brasília.

Ocupação - Enquanto a reforma não é concluída, quem vai aproveitando para também burlar a lei são os ambulantes, que a cada dia ocupam mais espaços da praça. Se há alguns anos esta era a única que ainda não tinha sido ocupada pelo comércio informal, o mesmo já não se pode dizer agora.

São vendedores de cartelas de bingo e de CDs piratas; carrocinhas de churros (doces) e até uma banca improvisada para a venda de alimento com direito a fogareiro e mesas para o uso dos consumidores. Tudo isso instalado em frente à Prefeitura de Caxias.

A ocupação divide opiniões. Há quem aprove a presença dos vendedores e há os que cobram uma solução imediata para o problema.

“Todo mundo reclamava de quem tentava tirar ambulante e barraqueiro, mas agora se observa que eles estão ocupando toda a praça. Em pouco tempo, não teremos tem por onde passar”, argumenta a professora Iris Meire de Souza Leite.

Na administração municipal, responsável tanto pela contratação da empresa gestora da obra quanto pela ocupação desordenada da praça, ninguém se pronunciou sobre o assunto. (O Estado)

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