Logradouro,
que é um dos mais importantes da cidade, está ocupado pelo comércio informal
Tapumes que protegiam a Praça do Panteon |
A empresa Thema, responsável pela obra de
reforma da Praça Panteon, no centro de Caxias, já retirou os tapumes que
cobriam as grades que cercam o logradouro. Isso acabou revelando o que muitos
suspeitavam. Iniciada há quase seis meses, a obra não foi concluída.
Os únicos serviços feitos até agora foram a instalação
de alguns postes de luz, que imitam os utilizados na época colonial, e a
retirada da antiga fonte luminosa, que era instalada no centro da praça e era
um dos cartões postais de Caxias. As grades também receberam pintura.
Não há mais bancos na Praça do Panteon. Todos foram
retirados desde que a reforma começou, para um suposto reparo. Os trabalhadores
já não estão mais na praça, e a obra parece ter sido abandonada.
No logradouro, não foi instalada uma placa
especificando o que seria feito no local, quanto seria gasto, nem o prazo de
entrega da obra, muito menos a origem dos recursos gastos na sua execução.
Mesmo sabendo que esta é uma exigência de lei, a placa com as informações nunca
foi colocada.
Representantes do Sindicato da Construção Civil
estiveram no local ainda no começo da obra e constataram a irregularidade da
falta de informação. Durante a visita, a única que tiveram foi acerca da origem
da empresa responsável pela reforma, que tem sede na Asa Norte, em Brasília.
Ocupação - Enquanto a reforma não é concluída, quem
vai aproveitando para também burlar a lei são os ambulantes, que a cada dia
ocupam mais espaços da praça. Se há alguns anos esta era a única que ainda não
tinha sido ocupada pelo comércio informal, o mesmo já não se pode dizer agora.
São vendedores de cartelas de bingo e de CDs piratas;
carrocinhas de churros (doces) e até uma banca improvisada para a venda de
alimento com direito a fogareiro e mesas para o uso dos consumidores. Tudo isso
instalado em frente à Prefeitura de Caxias.
A ocupação divide opiniões. Há quem aprove a presença
dos vendedores e há os que cobram uma solução imediata para o problema.
“Todo mundo reclamava de quem tentava tirar ambulante
e barraqueiro, mas agora se observa que eles estão ocupando toda a praça. Em
pouco tempo, não teremos tem por onde passar”, argumenta a professora Iris
Meire de Souza Leite.
Na administração municipal, responsável tanto pela
contratação da empresa gestora da obra quanto pela ocupação desordenada da
praça, ninguém se pronunciou sobre o assunto. (O Estado)
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