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segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Saiba como foi o acordo para entregar a secretaria de Educação ao PDT


Weverton Rocha foi o porta-voz do acordo
Durante a campanha eleitoral de 2014, Lula (PT) prestou vários serviços para ajudar José Sarney (PMDB) e a candidatura de Edinho Lobão (PMDB) ao governo do Maranhão.

A parte visível foi o indecoroso programa eleitoral, exibido fartamente na TV, no qual Lula pedia votos para Edinho.

No lado invisível, Lula tramou uma chapa formada pelo PDT, com um vice do PT, para disputar o governo.

O objetivo era forjar uma candidatura para quebrar a polarização entre Flávio Dino (PCdoB) e Edinho Lobão (PMDB), levando a eleição para o segundo turno, quando, teoricamente, Lobão teria mais vantagem financeira para decidir.

Em síntese, seria uma chapa laranja de Edinho, com o único objetivo de bater pesado em Flávio Dino.

Lula utilizou como mecanismo de pressão o Ministério do Trabalho (uma espécie de latifúndio do PDT) para pressionar os trabalhistas do Maranhão ao plantio do laranjal.

O PT sarneísta ficou entusiasmadíssimo com a vice.

Fracasso

Se a chapa laranja vingasse, seria um golpe na candidatura de Flávio Dino. Ele perderia um precioso tempo de propaganda eleitoral e a vasta militância pedetista, expert em campanhas.

Para ficar com Dino, o PDT exigiu a Secretaria de Educação. O porta-voz do acordo foi o deputado federal Weverton Rocha, com anuência do manda-chuva pedetista Carlos Lupi, ex-ministro do Trabalho.

Sem outra alternativa, Flávio Dino amarrou o PDT com a promessa de entregar a Educação. Assim foi feito.

O acordo está mantido, mas o governador eleito não aceitou até agora os nomes indicados por Weverton (reveja AQUI).

Pragmático, o PDT local preferiu o certo (a vitória de Flávio) ao duvidoso (um improvável segundo turno).

Duas derrotas

Lula foi derrotado no visível e no invisível. Edinho perdeu e a chapa laranja PDT/PT não vingou.

Nem toda a cúpula do PT fechava com a ideia de apoiar Sarney. Dilma, por exemplo, não foi ao Maranhão e não gravou programa de TV para Edinho.

A direção nacional petista também proibiu o diretório maranhense de indicar o candidato a vice-governador na chapa de Edinho. Autorizou, apenas, o suplente de senador.

Lula esticou a corda sozinho. Até rebentar.

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