Teve início nesta quarta-feira, 26 de novembro, mais uma etapa do Diálogo Municipalista promovido pela Confederação Nacional de Municípios (CNM). Desta vez, o evento congrega gestores maranhenses para dialogar sobre temas chave para a gestão municipal. Durante a cerimônia de abertura, o atual presidente da Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (Famem), Gil Cutrim, chamou a atenção dos participantes sobre a importância de debater os caminhos para enfrentar a crise.
Na ocasião, Cutrim explicou que o momento é de extrema dificuldade: “hoje o Maranhão é um Estado rico em belezas naturais, mas pobre em relação à economia social. Aqui mais que nunca nós precisamos de apoio e da reforma do pacto federativo para que a gente reverter esse quadro, mudando assim, uma realidade regionalizada”.
Segundo ele, um dos assuntos que mais afetam o Estado é o Fundo de Participação dos Municípios (FPM). “O FPM aqui é muito baixo e isso gera um impacto negativo, tendo em vista que os prefeitos não têm como gerir as suas administrações e promover novas políticas públicas”, comentou.
De pires na mão
Muitos gestores viajam a Brasília para tentar reuniões com parlamentares. Porém, retornam aos seus Municípios sem uma resposta definitiva. “Nós vamos com o pires limpo e voltamos com o pires empoeirado”, descreveu Cutrim.
Apesar da desesperança vivenciada, ele encorajou os presentes a permanecerem na luta por dias melhores. “Nós não podemos nos calar ou cruzar os braços para essa situação. Nós temos um Estado com belezas naturais riquíssimas”, enfatizou.
Uma das orientações da Famem para os prefeitos maranhenses é enxugar a folha de pagamento e reduzir a contratação de funcionários, “justamente para que ele [o gestor] tenha flexibilidade em administrar a máquina pública em prol do desenvolvimento do seu Município”.
O debate abriu com uma conversa sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos, tema que tem despertado muitas dúvidas dos gestores em outros estados. Em seguida, foram apresentadas questões como o piso dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e as mudanças no Imposto sobre Serviço (ISS). O Diálogo Municipalista continua nesta tarde com outras temáticas de interesse da gestão municipal. (Da CNM)
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