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quarta-feira, 5 de novembro de 2014

João Castelo: “Não resta outra opção além do embate”

Castelo defende mudanças de estratégias
do PSDB em relação ao nordeste
O deputado federal eleito João Castelo (PSDB-MA) engrossou a tese de que o partido deve seguir firme na oposição ao governo federal pelos próximos 4 anos e que o momento agora não é de diálogo. Além disso, Castelo afirmou que irá sugerir uma campanha de ações no nordeste para o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves. Castelo foi eleito para o mandato em outubro deste ano e mostrou força na capital maranhense obtendo o segundo lugar na preferência do eleitorado em São Luís.

Oposição

Sobre a possibilidade de diálogo entre PSDB e PT, algo sugerido pela presidente Dilma Rousseff logo após as eleições, o tucano foi taxativo. “Respeito a presidente e aceito o resultado das urnas. Contudo, não resta outra opção além do embate. Feito de forma democrática e responsável, com a chancela de 51 milhões de brasileiros que disseram não ao modelo que está aí”.

Para o deputado, além das discordâncias programáticas, algo mais impede o diálogo entre oposição e governo. “O Aécio Neves, bem como o Eduardo Campos, a Marina Silva e centenas de outras pessoas, foram vítimas de uma campanha sórdida. Não podemos simplesmente fazer de conta que isso não aconteceu. E eu acho que isso também deve pesar na forma de agir do PSDB daqui para a frente”, frisou.

João Castelo também se mostrou preparado para o que está por vir na Câmara Federal. “Olha, pelas últimas notícias é bem provável que os debates sobre reforma política sejam acalorados nessa próxima legislatura. Tenho observado isso com calma e algum receio. Querem (governo federal) fazer uma reforma por meio de plebiscito, um tema complexo. Uma reforma política não é simples como a questão do desarmamento em que você simplesmente vota sim ou não. A coisa é muito mais complicada e cheia de pormenores”.

Resultados e Brasil dividido

João Castelo também falou sobre os resultados das eleições e os debates posteriores “Costumo dizer que abaixo de Deus só existe o povo. E se o povo decidiu, temos que aceitar. Agora, o que não pode é tentar culpar região X ou Y pelo resultado. A presidente foi votada em todas as regiões e o Aécio também foi votado em todas as regiões. O que determinou, em meu ponto de vista, foi o planejamento e/ou a falta dele”.

Indagado sobre isso, o deputado foi categórico. “O PSDB precisa urgentemente acabar com essa história de que o PT é hegemônico na região nordeste e nada pode ser feito. Aí vem o resultado das eleições e alguns de nossos correligionários querem reclamar. Lamentar votação baixa em região que não foi cortejada politicamente? Isso não pode. O PSDB deve rever suas estratégias em relação ao nordeste. Mostrar sua história e suas propostas para a região. Fazer o povo nordestino, honesto e acolhedor, que o partido pode intervir positivamente no crescimento da região muito mais do que os atuais donos do poder. O PT completou 12 anos no poder e o que mudou no nordeste? E isso tem que ser feito de maneira constante, não apenas em véspera de eleição”, concluiu.

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