Dos mais de 98,4 mil quilômetros de rodovias espalhadas pelo Brasil, apenas 37,3 mil quilômetros são de boa ou ótima qualidade. Isto significa que 62% das estradas do país – por onde escoam quase toda a produção nacional – são regulares, ruins ou péssimas. Os dados são da Pesquisa CNT de Rodovias 2014, feita pela Confederação Nacional de Transporte e divulgada nesta semana.
O Maranhão, segundo a pesquisa, possui apenas 1,53% das estradas em ótimo estado, 35,37% em situação regular e 18,90% das estradas foram consideradas em péssimo estado de conservação.
O deputado federal Simplício Araújo (SD) lamentou a situação e afirmou que o resultado da pesquisa mostra que o governo estadual faltou com a verdade quando afirmou que todos os municípios estariam interligados por estradas até o final de 2014.
“Mais uma vez os números mostram o quanto esse governo foi prejudicial para nosso estado. A situação do sistema rodoviário maranhense continua grave, comprometendo a segurança das pessoas, tanto de motoristas, como de passageiros e pedestres. É cada vez maior o número de mortes e de acidentes. Essa situação também compromete a logística, devido ao elevado custo do transporte, tornando o estado ainda menos competitivo. É preciso que o governador eleito, Flavio Dino, invista em nossa estradas”, afirmou o parlamentar.
A MA-006 é uma das estradas com maior concentração de problemas no país. A rodovia está esburacada, não tem sinalização e não tem acostamento. A BR-316 também apresenta muitos problemas, principalmente relacionados com a malha asfáltica.
“O pavimento deve suportar os efeitos das mudanças de clima, permitir deslocamento suave, não causar desgaste excessivo dos pneus e nível alto de ruídos, ter estrutura forte, resistir ao fluxo de veículos, permitir o escoamento de água e ter boa resistência a derrapagens”, destaca o relatório do estudo. De acordo com a Confederação Nacional do Transporte, irregularidades, buracos, trechos destruídos e ausência de acostamento são fatores que podem elevar o risco de acidentes. Além disso, a qualidade do pavimento interfere diretamente no desempenho do usuário durante a viagem e em custos operacionais, como no desgaste dos veículos e consumo de combustível.
MA-006 cheia de buracos |
Para Simplício, enquanto não houver um comprometimento do governo com a malha viária, o Maranhão irá continuar sem o desenvolvimento esperado. “É preciso que exista uma conscientização que um estado só se desenvolve se houver estradas que ofereçam condições mínimas de segurança para os motoristas.”
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