Confesso que é um tema que nem queria mais abordar, mas a cada período eleitoral o debate se aflora e o tema volta sempre à tona, pois alguns confundem o sentido de parcialidade, e esperam de maneira tola a imparcialidade em blogs.
Além de cada jornalista ter sua ideologia e seu modo de ver o mundo, o Blog não é, nem de longe, o local onde se busca imparcialidade no jornalismo, se é que isso ainda existe nos tempos de hoje.
O Blog não é um Portal de Notícia, mas um local onde você encontrará opiniões sobre determinado assunto, e a partir do momento em quem você emite qualquer opinião, você automaticamente está sendo parcial, pois defende sua ideia, sua tese e seu pensamento sobre o assunto.
No entanto, o leitor não é obrigado a concordar com a opinião do jornalista, pode discordar, mas deve sempre respeitar a opinião diferente, respeitando sempre o contraditório, pois só assim o debate conseguirá ser produtivo.
Pena que alguns, geralmente orquestrados e pagos, não conseguem conviver com o contraditório e partem para as agressões covardes e gratuitas, e o pior é que para justificar seus devaneios, alegam a falta de imparcialidade do jornalista ou blogueiro.
O Blog citará apenas um exemplo recente e que me fez inclusive fazer o texto. Após uma postagem onde era demonstrado o equilíbrio do prefeito de São Luís, Edivaldo Júnior, no caso da greve dos professores, alguns leitores, os mesmos que em outras postagens acusavam o titular do Blog de parcial, estavam parabenizando pela imparcialidade.
Mas como imparcial? Muito ao contrário, o Blog estava sendo parcial, pois entendeu que o prefeito Edivaldo Júnior, como poucos gestores, demonstrou coerência e equilíbrio para tratar com a situação.
Ou seja, para alguns, o jornalista e blogueiro só é imparcial quando escreve o que ele quer ler, ou quando a opinião não conflita com a sua, mas se a opinião é diferente, lá vem a acusação tola de parcialidade.
Ao invés de se cobrar imparcialidade, seria melhor se aprender a viver com o contraditório, afinal o lema do Blog sempre será: divergir é um direito, mas respeitar é um dever.
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