Na entrevista concedida ao jornalista Raimundo Borges, publicada neste domingo no jornal O Imparcial, a governadora Roseana Sarney disse que vai criar um instituto para continuar exercendo a política, mesmo sem cargos públicos. "Tenho um plano de continuar no Maranhão, montar um instituto para ajudar no que for possível o Maranhão a buscar explorar as suas potencialidades para se desenvolver mais ainda".
Sobre os problemas do não desenvolvimento maranhense, ela atribuiu como um dos maiores gargalos o fato do estado ter a maior população rural do Brasil. "O maior gargalo é a população rural ser a maior do Brasil. Torna-se complicado o estado levar os serviços públicos aos povoados distantes e sem nenhuma estrutura, como construir uma escola nesses lugares e levar o professor lá. O IBGE diz que a população rural é 38%, mas as nossas estatísticas garantem que ela é 42%. Por isso, essa população termina impossibilidade de receber todos os serviços públicos. Mesmo assim, de 2009 a 2014, 82 empreendimentos foram implantados no Maranhão, com R$ 63,9 bilhões no setor privado de R$ 3,6 bilhões da área pública. Mais de 400 mil jovens foram qualificados no Maranhão Profissional e o programa Primeiro Emprego vai encerrar o ano com 15 beneficiados", disse ela, contrariando a tese dos que inistem em afirmar que a concentração urbana é que cria esta distorção.
Seguindo a linha do pai, o senador José Sarney, ela rebateu os índices sobre o subdesenvolvimento maranhense avaliado pelo IDH. "Se se for olhar pelos números dos indicadores, eles são os mais diversos. Mas temos ruins e também temos os bons. Se for escolher o IDH, composto por Educação, Longevidade e renda. Se você pegar a educação, o Maranhão está à frente da Bahia, Alagoas, de Sergipe, do Amazonas, do Piauí e do Pará. O analfabetismo, de 15 anos ou mais, em 1995 o analfabetismo absoluto era de 31,7% a taxa decresceu para 20,8%. Já o infantil, em 1995, o índice era de 28,2 e em 2012 era de 5%".
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