Muitos problemas no currículo... |
Para entender um pouco da política atual é sempre cenário rememorar alguns fatos do passado, afinal a história sempre se repete. No inicio de abril, o pré-candidato do grupo governista, Luís Fernando (PMDB), desistiu de concorrer ao governo e isto criou uma grande crise, afinal bagunçou tudo que parecia estar organizado. Porém algo parecido ocorreu na oposição, parecendo que a crise se instalou foi na oposição e não no governo, tudo por conta da pressão fora de hora de Weverton Rocha (PDT), que queria ouvir de Flávio Dino (PCdoB) "o vice-governador é do PDT".
Vamos evidenciar alguns fatos que deixam claro, que o deputado federal Weverton Rocha é o eterno garoto problema da oposição.
Antes do parlamentar alcançar cargos políticos de alto porte, Weverton Rocha se infiltrou no movimento secundarista maranhense. Observem bem, não estamos nem tratando de movimento estudantil universitário, o nível é muito mais baixo. O deputado federal presidiu a União Municipal dos Estudantes Secundaristas (Umes), entre 1998 e 2000, graça a um acordo entre o advogado Ruy Pires e o atual Ivaldo Rodrigues, que presidiram a entidade entre 1994 e 1998, respectivamente.
Ao chegar na presidência dessa entidade estudantil, Weverton foi responsável por um dos maiores escândalos de corrupção no estado. A UMES que arrecadou entre setembro de 1990 e fevereiro de 2001, nada menos que R$ 2.214.029,20 em várias atividades (principalmente na emissão de carteiras estudantis), viu todo esse dinheiro sumir.
De acordo com investigações do Ministério Público, parte desse dinheiro sumiu na gestão de Weverton Rocha, por isso ele é envolvido no processo nº 0000037-40.2001.8.10.0001, que o acusa de formação de Quadrilha, apropriação indébita, estelionato e outros crimes, por sua passagens pela Umes. Estas acusações são resultados de investigações realizadas pelos promotores Carlos Avelar, Paulo Avelar Paulo Roberto Saldanha, Ricardo Henrique de Almeida e Valdenic Cavalcante Lima, e tramita na Justiça desde janeiro de 2002. Vale destacar que o processo foi arquivado em definitivo, no entanto ele consta no sistema do Tribunal de Justiça do Maranhão como "arquivado indevidamente".
Fora esta grande acusação, quando Weverton ainda era da movimento estudantil, existe outra série de processos tramitando no Tribunal de Justiça e na Justiça Federal, isso mostra que o negócio prosperou e ele se profissionalizou.
Weverton Rocha além de ser acusado de fazer parte de um esquema de propina quando era assessor especial do Ministério do Trabalho, responde a cinco processos na Justiça. Quatro tramitam no Tribunal de Justiça do Maranhão e um na Justiça Federal. Também existem processos dos quais o deputado é o autor.
Todos os processos contra Weverton dizem respeito ao período que foi secretário estadual de Esporte e Juventude, ainda no governo Jackson Lago (PDT), entre 2007 e 2009. Alguns apontam, esta escolha do ex-governador como uma das piores e que condenaram o seu governo.
Vamos as acusações do judiciário:
- A reforma do ginásio Costa Rodrigues, até hoje paralisada, foi alvo de duas ações. A reforma teria sido motivada por uma perícia do CREA-MA, que atestou que o Ginásio oferecia riscos aos atletas e espectadores. O então governador Jackson Lago editou um decreto de emergência para reforma imediata. Orçada inicialmente em R$ 1.988.497,34, a reforma era realizada pela construtora Maresia Construções Ltda. Weverton Rocha promoveu um aditivo de contrato de R$ 3.397.944,90, um valor 2,5 vezes maior que o inicial.
- Weverton Rocha foi acusado de desviar 1.080 colchões dos 75 mil que foram destinados ao Maranhão em 2008 para ajuda humanitária dos desabrigados pelas enchentes no Estado. A denúncia do Ministério Público afirma que os colchões teriam sido usados para militantes em evento político do PDT. Este foi um ano em que as enchentes castigaram o Estado, deixando quase 40 mil desabrigados ou desalojados.
- Outro processo respondido pelo deputado federal diz respeito à reforma de um campo de futebol da Associação dos Delegados do Maranhão (Adepol) que teria sido realizada com dinheiro público. A reforma que custou R$ 88.054,25.
- Weverton também possui processo tramitando na Justiça Federal por ter contratado com dispensa e inexigibilidade de licitação, duas instituições que receberam antecipadamente R$ 2,5 milhões dos R$ 114.898.405,39 do ProJovem Urbano destinados ao Maranhão em 2008. O Ministério Público aponta que alguns dos serviços previstos não foram realizados pelas duas instituições contratadas.
Para todas estas acusações o deputado tem resposta. Em relação ao ginásio ele diz que o pagamento antecipado foi condizente com o cronograma das obras, e que a obra só não foi concluída porque o secretário de esportes que o sucedeu determinou o embargo das obras. Sobre o desvio de colchões ele disse que não teve nenhuma participação, já que, enquanto secretário de Esportes e Juventude, não tinha qualquer poder de mando junto a Defesa Civil, responsável pelo recebimento e guarda do material. Quanto ao campo de futebol é informado que a reforma foi motivada por um convênio entre as secretarias de Esportes estadual e municipal, considerando que o espaço permanece ocioso na maior parte do tempo e passaria a servir a comunidade que habita aquela região. Por fim sobre o ProJovem é afirmado que a instituição presta serviços para vários estados da Federação, é uma referência nacional na área de capacitação. Disse ainda que o instituto já prestou vários serviços ao Maranhão e ainda presta os mesmos serviços no governo atual.
Já foi possível perceber que o deputado federal já tem problemas demais no seu currículo, mas tudo isso ainda é pouco, ele criou uma confusão fora de hora no grupo oposicionista ao tentar impor o nome de Márcio Honaiser (PDT) como vice de Flávio Dino, o que só atrapalha a caminhada da candidatura comunista.
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