Enquanto setores da oposição ligados ao presidente da Embratur, Flávio Dino (PCdoB), lutam para tentar desqualificar uma crise latente na relação com o PDT, os próprios pedetistas tratam, dia após dia, de deixar claro que estão, sim, com o comunista. Mas apenas se o acordo de 2012 – que deveria garantir ao partido a indicação do candidato a vice de Dino em 2014 – for cumprido.
No último fim de semana, coube ao presidente estadual do PDT, Julião Amin, “esticar a corda” um pouco mais. Segundo o dirigente, o pré-candidato da legenda, ex-prefeito Hilton Gonçalo (Santa Rita) “pode ser o nosso nome” na disputa pelo Governo do Estado.
“Hilton pode ser o nosso nome como candidato para governador”, destacou Amin. O presidente chegou a ir mais além, destacando as características do pré-candidato. “É um excelente administrador, um homem de caráter excepcional, muito correto”, disse.
As declarações surgiram em meio a questionamentos sobre a possibilidade de Hilton Gonçalo e o próprio PDT manterem o projeto decandidatura própria em 2014. O assunto ganhou mais força devido à aproximação recente dos comunistas com o PSDB, de João Castelo.
Segundo Julião Amin, por não saber “o dia de amanhã”, o PDT deve manter vivo um projeto alternativo. “É claro [que a candidatura pode acontecer], pois ninguém sabe o amanhã. Hilton foi um dos melhores prefeitos do Brasil”, completou.
O presidente estadual segue a linha crítica do secretário-geral da sigla, o deputado federal Weverton Rocha. Ele tem dito que “o PDT será protagonista”, que o partido não ficará ”batendo na porta [do PCdoB] atrás de espaço” e que sabe “respeitar acordos”.
Se isso não são recados aos comunistas, então, realmente, não há crise alguma entre PDT e PCdoB…
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