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quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Presidente do PT afirma em nota que não haverá segundo turno no PED

Comissão eleitoral, cuja maioria é de oposição, insiste em marcar nova votação


A exatos três dias de um eventual segundo turno do Processo de Eleições Diretas (PED) do Partido dos Trabalhadores (PT), a situação da sigla permanece indefinida no Maranhão. O presidente estadual da legenda Raimundo Monteiro(foto), que venceu o pleito no primeiro turno e enfrentou a impugnação do candidato derrotado Henrique Alves, deu entrada em recurso ontem na Executiva Nacional da legenda, pedindo a manutenção do resultado da eleição, que ocorreu no dia 10 deste mês, quando ele alcançou mais de 50% dos votos. Em Nota Pública distribuída ontem à noite, Monteiro garante que não haverá 2º turno no domingo.

Para justificar a não realização do PED, Monteiro sustenta não ter havido, até o momento, qualquer movimentação da direção nacional da sigla autorizando a realização de um segundo turno no estado. Segundo ele, para que haja eleição no âmbito regional, a executiva nacional do partido precisa encaminhar à respectiva executiva estadual a lista com os nomes dos eleitores aptos ao voto no processo, o que ainda não ocorreu.

Mesmo assim, membros da executiva estadual que fazem oposição a Monteiro e a Comissão Eleitoral do PED, presidida por Ivaldo Coqueiro, historicamente ligado ao deputado estadual Bira do Pindaré (PSB), asseguram a realização do segundo turno no PT para domingo, o que provoca o impasse em relação ao futuro do comando da legenda.

A oposição ao atual presidente, liderada por Henrique Alves, quer a anulação da votação em 40 diretórios municipais, que sustentam justamente a larga vantagem de Monteiro no processo. Raimundo Monteiro obteve 5.990 votos, contra 2.250 de Henrique Alves.

Com a eventual anulação da eleição em 40 municípios, Monteiro ficaria com apenas 2.856 votos, o que automaticamente inviabilizaria a sua vitória no primeiro turno.

“Ocorre que o candidato derrotado não quer aceitar de forma alguma a vontade da maioria, que no voto me reelegeu presidente da sigla. Ele, desta forma, ignora todo o processo democrático, mas esbarra justamente na falta de argumentos para a realização de um segundo turno. Estou tranquilo quanto ao resultado da eleição e à vontade da maioria”, afirmou.

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