Moradores do Residencial Novo Tempo se manifestam sobre polêmica da escolinha do bairro

Ondas de boatos preocupam moradores do Residencial Novo Tempo. Propagadores de boatos estariam defendendo o fechamento da única escolinha que existente no residencial.

Os moradores do residencial Novo Tempo estão revoltados com a possibilidade do encerramento do convênio da Escolinha Novo Tempo com a Secretaria Municipal de Educação de Timon (Semed). A escola atende 250 crianças da comunidade.

A polêmica foi iniciada com denúncias em alguns meios de comunicação local afirmando que a escola não poderia funcionar numa casa do projeto do Governo Federal, Minha Casa Minha Vida, e que a Semed ainda estaria com vários aluguéis atrasados.

Diretora da escola, professora Rose Mayeck

A dona da casa e diretora da escola, Rosi Mayeck, emociona-se ao falar sobre a situação. “Estão me usando para prejudicar o prefeito e a secretária de Educação. Estão jogando meu nome na lama... Por que não fecham os bares, bocas de fumo e prostíbulos que funcionam em outras casas aqui?”, diz ela chorando em tom de revolta.

Rosi Mayeck falou sobre a trajetória para conseguir conveniar a escola ao município. “Essa casa é minha e já funcionava aqui uma escolinha de reforço, é um trabalho feito desde o ano passado, porque aqui não tem nada. Não tem escola, não posto de saúde... agora que estão construindo um posto de saúde. Desde o ano passado que queria conveniar a escola e nunca dava certo. Agora que consegui querem tirar isso das crianças...”

Ela continuou seu desabafo: “Se o problema é só por causa desse aluguel, que até inventaram que é R$ 4 mil por mês e não é. Esse valor é anual. Disseram que o aluguel está atrasado, outra mentira, não tem nada atrasado. Mas, se o problema é esse, se conseguirem acabar o convênio, eu continuo meu trabalho como voluntária, não vou deixar essas crianças sem aula.É um sonho meu, estamos lutando por essas crianças.”

Clebiana de Sousa é uma das mães revoltadas com o suposto
fechamento da escola.

As mães dos alunos estão preocupadas com a situação. “Eu acho um absurdo o que estão fazendo porque não para levar nossos filhos para Timon, já foi difícil conseguir a escola. Quando cheguei aqui não tinha escola. Já foi conseguida porque fizemos uma reivindicação para a secretária Dinair, fomos até a Secretaria de Educação falar com ela e depois de muito custo foi que conseguimos. Por que em outras casas pode ter bar e nessa aqui não pode ter escola? Nossas crianças são muito pequenas para ir para Timon, essa BR é muito perigosa. Não dá”, afirmou Clebiana de Sousa, moradora do residencial e mãe de aluno da escola.

Telma Nascimento, moradora da comunidade e professora da escola diz que a preocupação no momento deveria ser melhorar o local e não acabar o pouco que os moradores têm. “Eu acho que a presidente da Associação de Moradores, dona Isa, deveria procurar melhoria para nosso bairro e não tentar desfazer o pouquinho que temos de bom. Essa escola aqui foi um pedido da comunidade, não pode tirar.”

Maria Cleidiane Figueiredo é mãe de uma aluna especial

Outra mãe de aluno, Maria Cleidiane Figueiredo, se diz revoltada com o problema. “O que precisa aqui é investir. Mas, como é que estão de fechar a escola e constroem um bairro desse tamanho sem espaço para uma escola? Nós precisamos dessa escola aqui. Minha filha é especial e não tenho como levar para uma escola distante daqui. A presidente da Associação está dizendo estas coisas, mas nem mora aqui, não sabe das nossas necessidades, não luta por nós.”

Joana D'arc é contra o fechamento da escolinha

Outros pais de alunos que estão matriculados na escolinha do Residencial Novo tempo e ouvidos pelo blog, fizeram questão de manifestarem sua indignação com a ondas de boatos espalhados em Timon com o intuito de fechar a escola. Joana D’Arc de Sousa, também mãe de aluno, diz que tudo o que está acontecendo é uma injustiça. Se fecharem a escola vai ser uma injustiça. Aqui tem casa que é bar, que tem prostituição e ninguém vê, ninguém diz nada e agora querem tirar nossa única escola e tirar a educação de nossos filhos”, concluiu ela.

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