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segunda-feira, 22 de julho de 2013

Jornal Pequeno condena reação de Flávio Dino


O próprio Jornal Pequeno, principal veículo de comunicação da oposição no Maranhão, admite, em nota no “Colunaço do Peta”, ser uma espécie de absurdo  Flávio Dino (PCdoB) tratar como grampo uma notícia publicada pelo jornalista Marco D’Eça dando conta de que Dino estaria “encomendado” títulos de cidadão maranhense em diversos municípios do Estado.

– Dr. Pêta sabe que há precedentes, que teve aquele episódio de Julião Amin, mas será que a oposição não está se ‘espavitando’ demais com essa história de grampo??? Sim, porque pelo que Dr. Pêta apurou, o que o blogueiro Marco D’Eça fez foi ‘captar/gravar’ no ‘whatsapp’, uma penca de conversas que teve com um diretor de um hospital municipal!!! E seriam conversas fortes em que o diretor falaria algumas “coisitas” interessantes para a situação!!! Mas isso não caracteriza grampo!!! – diz a nota.

Quem leu a nota e, mais adiante, o editorial da mesma edição do jornal, ficou com a sensação de que o veículo não só discorda do teor da nota emitida pelo Chefão do Comunismo, através do seu partido, o PCdoB, como condena as possíveis ocorrências dos porões da prefeitura de São Luís sobre a produção de notícias e contrainformações.

Trata-se de um verdadeiro bunker para espionar adversários, jornalistas e criar factóides contra o inimigo, conforme revelou também o jornalista Marco D’Eça em seu blog (relembre aqui).

Abaixo, o editorial do Jornal Pequeno, da edição desse domingo, também condenando essa prática nefasta da desvirtuação dos fatos:

Jornalismo de polícia

Há um tipo de jornalismo policialesco que nos regimes totalitaristas quase se confunde com os relatórios das polícias políticas. Jornalismo que serve, unilateralmente, aos interesses do poder político, em forma de governo, partido, grupo paramilitar ou qualquer um que pretenda manter uma situação de dominação ou alcançá-la.

Como a polícia política, esse tipo de jornalismo serve à repressão e à chantagem, e é utilizado nos regimes totalitários como reforço ao Estado Policial no controle da população, principalmente opositores e dissidentes. Nem precisa dizer que esse tipo de jornalismo é uma das principais armas do patrulhamento ideológico. Consegue até substituir a notícia pelo incentivo ao cometimento de atos ilícitos ou adoção de atitudes radicais.

A base desse tipo de imprensa não é a informação, mas a contrainformação, que consiste em silenciar ou manipular a verdade habitualmente, falsificando os fatos de forma parcial, de forma a criar uma ilusão de coerência.

A deformação dos fatos, a simplificação exagerada de ilicitudes como a corrupção, o uso de estereótipos e eufemismos, invertendo o conteúdo emocional dos acontecimentos para intimidar adversários e proteger os donos do poder são a pauta principal do dia a dia desse jornalismo.

Algumas vezes os agentes desse tipo de jornalismo trabalham incógnita ou clandestinamente, como uma polícia secreta;em outras, agem de forma escancarada, só importando atingir o fim político para o qual o jornalista foi credenciado.

Esse tipo de imprensa não é novidade no Brasil, e, menos ainda, no Maranhão, pouco se lhe dando se vivemos no totalitarismo ou em regime democrático. Esse tipo de jornalismo existe, e para saber de sua existência basta ler com mais vagar as inverdades e manipulações dos fatos que espalham sobre oposicionistas e dissidentes chamando de informação.

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