Vereadores declaram apoio a Luis Fernando e quase apanham de aliados de Coutinho em Caxias

Do Blog Gilberto Léda

Dois aliados de Humberto Coutinho (foto), prefeito de fato de Caxias, tentaram invadir o plenário da Câmara Municipal para agredir os vereadores Catulé (PSB) e Fábio Gentil (PSDC) na sessão de segunda-feira (3).

Segundo o socialista, o caso ocorreu logo após Gentil – até ontem aliado dos Coutinho e eleitor do presidente da Embratur, Flávio Dino (PCdoB) – subir à tribuna para declarar seu rompimento com o grupo que comanda Caxias. Ato contínuo, ele confirmou apoio à pré-candidatura de Luís Fernando – Catulé já havia feito o mesmo há algum tempo.

Assim que Fábio Gentil deixou a tribuna e Catulé começou a discursar, entraram na galeria popular Jean Alves, assessor pessoal de Humberto Coutinho, e Júnior Alves, chefe dos transportes da Secretaria Municipal de Administração.

“Eles começaram a xingar a mim e o Fábio Gentil. Dizendo que estavam esperando lá fora. Foi muita confusão”, relatou Catulé. Segundo ele, os dois, que são irmãos, só não entraram no plenário porque existe uma porta alta de vidro separando os dois ambientes.

Os dois vereadores confirmaram que amanhã (5) desembarcam em São Luís para uma audiência com o secretário de Estado da Segurança Pública (SSP), Aluísio Mendes. Pedirão reforço policial para a Câmara Municipal de Caxias.

“Depois do episódio de hoje [ontem], vimos que são necessários mais policiais na Câmara, para evitar danos à integridade dos parlamentares”, destacou o socialista.

CPI

Catulé e Fábio Gentil relatando o episódio ao
delegado regional Celso Rocha (Foto: Sabá)

Além da declaração de apoio dos vereadores à pré-candidatura de Luis Fernando, eles acreditam que pode ter pesado para o ato dos aliados dos Coutinho a criação de uma CPI para apurar denúncia de O Estado segundo a qual a Prefeitura de Caxias fez desaparecer equipamentos que serviriam para montar 11 leitos de UTI.

O requerimento para criação da Comissão passou por 12 votos a 2. A Câmara de Caxias tem 19 vereadores. “Eles ficaram ainda mais nervosos por causa dessa CPI”, comentou Catulé.

Ainda ontem na Assembleia, a deputada Cleide Coutinho (PSB), esposa de Humberto, disse que não existiu sumiço de equipamentos. Segundo ela, uma maternidade foi inaugurada com o nome Carmosina Coutinho,  mas os pedidos dos equipamentos para a unidade foram feitos ainda em nome da antiga maternidade, Sinhá Castelo, que ainda estava em funcionamento porque o novo prédio ainda não havia sido inaugurado e por isso não tinha CNPJ. “Depois de concluída e inaugurada, todos os equipamentos foram transferidos para a nova maternidade”, afirmou.