O deputado Bira do Pindaré renunciou o Auxílio Moradia. Uma espécie de verba auxiliar para aumentar os ganhos dos deputados estaduais, acrescendo um pouco mais de R$ 2 mil. Uma indecência, para ser mais exato.
O parlamentar do PT não ficou sozinho no seu gesto que parece ser coerente com a ética e bons costumes. Seu colega Rubens Júnior aderiu ao bom comportamento. Os dois têm residência própria na capital. Bem que poderiam ter tomado a medida muito antes.
A postura da dupla foi elogiada por uns e criticada por outros. Mas pior que o Auxílio Moradia, a Verba Indenizatória. Até o nome exala podridão.
É uma verba de mais de R$ 35 mil mensais concedida graciosamente a cada deputado estadual por mês e nela nem o leão do Imposto de Renda ruge. É o segunda maior do país, perdendo apenas para Alagoas, que chega a R$ 38 mil mensais.
O deputado estadual percebe R$ 20 mil mensais de proventos e tem mais de R$ 100 mil a cada 30 dias só em assessorias, acrescidos da Verba Indenizatória de R$ 35 mil, perfazendo um total de mais de R$ 160 mil mês. Tudo pago do nosso bolso, pobres contribuintes.
Mas contra a Verba Indenizatória nenhuma palavra, nenhum um gesto, ou boa ação de um paladino da moral.
A verba é paga sempre no dia 10 de cada mês. Cada deputado justifica o recebimento com notas fiscais de prestação de serviços. Em muitos casos, notas frias ou forjadas, como serviços gráficos ou assessorias jurídicas.
Não se observou, até o presente momento, nenhuma reação digna dos deputados Bira do Pindaré ou de Rubens Júnior a respeito da imoralidade. Claro: mais fácil recusar R$ 2 mil do que rejeitar R$ 35 mil.
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