Na terceira semana, os 12 denunciados pelo MP serão interrogados.
Elirdes Soares/Imirante
SÃO LUÍS- As audiências do Caso Décio, que deram início durante esta semana, finalizaram nesta quinta-feira (9), com 26 depoentes que foram arrolados pelo Ministério Público como testemunhas de acusação. Ao todo, eram 55 pessoas relacionadas, mas alguns foram liberados pelo promotor, Luís Carlos Duarte.
Ainda segundo o promotor, o trabalho desta semana encerrou-se para que os depoimentos colhidos sejam avaliados e despachados, para darem continuação no outro período de oitivas.
Para esta quinta-feira (9), eram esperadas 11 testemunhas, mas três delas não foram ouvidas. Duas não foram localizadas pelo Ministério Público e a terceira, que era a esposa de um dos acusados, foi dispensada pelo promotor, após um dos advogados de defesa solicitarem para que ela não fosse indagada.
O primeiro a chegar, foi o delegado da Polícia Federal, Pedro Meireles, que foi um dos indiciados pela Polícia Civil de ter envolvimento com a quadrilha de agiotas, apontados como os contratantes da morte do jornalista Décio Sá. O delegado, também, é acusado pelo ex-prefeito de Serrano do Maranhão, Vagno Pereira, alegando que ele armou uma ação da PF, para prender o ex-prefeito, já que a prefeitura tinha uma dívida com os agiotas. E esse débito não foi quitado.
O delegado foi o último a prestar depoimento, que durante a audiência apresentou um documento da Controladoria Geral da União (CGU), declarando que a operação da PF foi legítima. Nesse documento, ainda há indício que comprovam o desvio de verbas, no valor de 2,7 milhões na gestão de Vagno Pereira.
O ex-prefeito de Serrando do Maranhão, também, prestou depoimento, durante esta manhã, mas ao adentrar no salão do júri, solicitou que os acusados saíssem do local. O pedido foi atendido.
Outro depoimento colhido durante a audiência, foi do ex-prefeito de Barra do Corda, Aristides Milhomen de Sousa,que falava ao telefone com Décio Sá no momento em foi assassinado. Ele relatou que o jornalista e ele se falaram ao telefone, por três vezes. Ele disse que ouviu barulhos ao telefone, mas em seguida, o telefone ficou mudo e a ligação caiu. Os advogados de defesa dos acusados indagaram o depoente, com a intenção de que ele apontasse outra pessoa, responsável pelo crime.
Na próxima semana, recomeçam novos depoimentos. Desta vez, serão testemunhas de defesa do Caso Décio. Já na terceira semana, os 12 denunciados pelo Ministério Público serão interrogados.
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