O Imparcial
A disputa pela vaga de Senador tem mexido com os pré-candidatos à vaga da oposição. É praticamente consenso dentro da oposição que a vaga ao Senado é ainda mais difícil do que a de governador. Caso a candidata do grupo governista seja a da governadora Roseana Sarney (PMDB), a eleição estará praticamente liquidada, apontam os oposicionistas. Eles também têm convicção que caso haja mais de uma candidatura competitiva, a eleição fica ainda mais fácil para o governo. O vice-prefeito de São Luís, Roberto Rocha (PSB), afirmou que não abriria mão da vaga e o clima ficou ainda mais acirrado pela indicação do candidato.
Dutra, Roberto Rocha e Zé Reinaldo |
Esta semana, o socialista declarou que não abriria mão da candidatura e acirrou o clima. Rocha diz que é necessária a união da oposição, porém, ele tem que ser o candidato ao senado pelo grupo. Roberto disse que só abriria mão da candidatura se fosse para o PSB ter candidato a governador. "Nós começamos a caminhar na eleição municipal de São Luís. Tudo acertado para Edivaldo (PTC) candidato a prefeito, Roberto Rocha senador e Flávio Dino (PCdoB) governador. Não tem porque desfazer tudo que foi construído. Quando a oposição faz conta de somar, ganha", afirmou.
Questionado sobre a possível pretensão de Zé Reinaldo Tavares (PSB) em disputar o Senado também, Rocha desconversou, afirmando que a pergunta deveria ser feita ao ex-governador, mas disse que conversa com Tavares e vem tendo boa relação. Vale lembrar que a relação entre os dois é conflituosa. Até hoje, Reinaldo atribui a Rocha sua derrota na candidatura a Senador em 2010, por conta da divisão dos votos oposicionistas.
O deputado estadual Marcelo Tavares (PSB), sobrinho de Zé Reinaldo, disse que os partidos de oposição, principalmente o PSB, não estão conversando, principalmente pelo fato da eleição para senador não ter segundo turno, ou seja, se saírem candidatos Zé Reinaldo, Roberto Rocha e Domingos Dutra (PT), pode esquecer a vaga.
Para o deputado, é preciso que exista um consenso, e não uma imposição. "Política se faz com diálogo e não com imposição. O Roberto tem legitimidade, assim como o Zé Reinaldo tem o Domingos Dutra tem. Está faltando diálogo entre todos que querem buscar uma vaga ao Senado, porque não tem segundo turno. É preciso conversar para chegar a um consenso. Não tem este negócio de candidatura posta e acabou. No diálogo se constrói, na imposição, não", declarou.
O ex-presidente da Assembleia Legislativa disse que não pretende sair do PSB, apesar de ter recebido convite da "Rede", partido que está sendo idealizado pela ex-senadora Marina Silva. "Quero votar no Eduardo campos para presidente. Eu me sinto bem no PSB e não vejo motivos para sair", revelou.
O Imparcial tentou contato com Zé Reinaldo, mas as ligações não foram atendidas.
O deputado federal Domingos Dutra (PT) é da mesma opinião de que somente uma única candidatura poderia dar possibilidade de vitória a um oposicionista. Dura, que está deixando o PT para se filiar à "Rede de Sustentabilidade", partido ainda não criado.
Para o deputado, garante que pode ceder, mas é preciso conversar para chegar a um acordo sobre o candidato. "Precisamos aprender com a experiência e o passado. Na última eleição, com duas vagas, o governo lançou dois, a oposição lançou quatro. Se quisermos perder agora, basta lançar dois ou três . O Roberto disse que é preciso só uma candidatura a governador da oposição, então, tem que valer o mesmo para senador", declarou.
Para o ainda petista, quando chegar próximo da definição da candidatura, é preciso definir claramente os critérios e entrar em consenso. "No momento oportuno temos que saber quem tem mais condições de ganhar. Tem que ser o que unifica mais, mais identidade com a causa, que agrega mais apoio e motiva a população, além das pesquisas", avalia.
Apesar de estar participando do movimento da Via Alternativa, junto com os pré-candidatos a governador Hilton Gonçalo (PDT) e Eliziane Gama (PPS), Dutra diz que em uma conversa, pode ser que este grupo também se uNa em uma candidatura a governador. "Se em uma reunião madura, racional, decidirmos que Eliziane e Hilton devem tirar a candidatura pode ser. O nome hoje mais forte hoje é do Flávio Dino, mas ninguém controla a opinião pública. Se houver indicação que o Flávio é o nome mais forte, podemos tentar aglutinar. Mas se Eliziane ou Hilton estiverem mais forte espero que o PCdoB possa apoiar", declarou.
Do lado governista, os candidatos que podem concorrer à vaga de Senador são: a governadora Roseana e o ministro de Turismo Gastão Vieira (PMDB), ambos com amplo favoritismo. Por isso a preocupação da oposição, que se sair dissolvida em várias candidaturas, não deve ter chance.
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