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sexta-feira, 1 de março de 2013

Ribamar Alves expõe insatisfação com Edivaldo



Será se Ribamar pegou o famoso balão?
O prefeito de Santa Inês, Ribamar Alves (PSB) não esconde a sua insatisfação com o prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior. Em entrevista ao jornalista Roberto Fernandes, na Rádio Mirante AM, Ribamar Alves contou como foi toda a articulação para que o PSB pudesse garantir o apoio ao então candidato Edivaldo Holanda Júnior (PTC).

“O PSB estava no governo João Castelo. Na disputa de 2008 o PSB ia com Flávio Dino. Convenci a Drª Helena Duailibe de que seria muito melhor nós irmos com Castelo, porque ele já tinha mais de 70 anos, não tinha herdeiro político, a não ser a filha, que é deputada estadual. Ele iria abrir espaço para o partido e que a gente iria crescer politicamente. Convenci a direção do partido a aceitar. Ledo engano. João Castelo tirou Drª Helena da saúde pelo blog do falecido Décio Sá, não deu espaço para o partido, arrumou apenas alguns cargos. Nessa eleição fiz justamente o inverso. Tirei o partido de dentro da prefeitura. Pessoalmente fiz isso junto com Eduardo Campos, nosso presidente nacional, e Carlos Siqueira, que é o secretário, e Roberto Amaral, que é o vice-presidente. Convenci que era necessário ter um candidato próprio em São Luís, convenci o Roberto Rocha de que ele estava isolado no PSDB, que viesse para o PSB para ser candidato a prefeito. Infelizmente ele não conseguiu emplacar o nome dele como prefeito, mas conseguiu ser o vice, e a gente, então, construiu essa roupagem para São Luís. Ao tirar o PSB de dentro da prefeitura de São Luís, saiu junto o PPS, o PT e o próprio PCdoB que ia para lá também, além do PTC. O João Castelo se isolou de tal forma que para ele compor foi preciso compor com o PMN e o PRB”, contou.

Ribamar Alves disse que se sente também como um dos responsáveis pela vitória de Edivaldo.

“Nós possibilitamos criar aqui uma nova candidatura, que foi chamada até de consórcio de candidatos. Desse consórcio saiu o candidato Edivaldo Holanda, com o apoio do PSB, de vice, e o PCdoB, de Flávio Dino, que era a grande liderança. Se eu não tivesse tirado o partido de dentro da Prefeitura de João Castelo, o PTC não teria candidato. João Castelo sairia praticamente como candidato único. Então eu me senti também responsável pela eleição dele. Tiveram outras nuances: o acordo que eu tinha feito com Edivaldo Holanda pai e o próprio Roberto Rocha era de que desse espaço para os nossos pré-candidatos a vereadores. Nós tínhamos 26 pré-candidatos naquela época. Espaços na campanha, ou seja, material publicitário, tempo na TV. Naquele momento ele disse: o espaço de Roberto Rocha será dele, agora o do partido será do partido”.

O prefeito Ribamar Alves não escondeu a sua insatisfação com o fato do PSB não ter garantido espaço dentro da administração de Edivaldo Holanda Júnior.

“Passada a eleição eu não fui procurado para nada, nem o partido. Passado tempo falei com o Edivaldo pai e ele me disse que havia assumido compromisso e ele estava cumprido, que havia dado duas secretarias municipais e duas adjuntas para o partido, de porteiras fechadas. Eu disse que para o partido não, pois não fomos procurados. Ele disse: problema de vocês, vocês estão brigados? Eu disse que não estávamos brigados, mas o espaço era do partido. Nós não estamos atrás de cargos, e sim de espaço político para mostrarmos nossa força, para mostrar o PSB como gestor. Por isso eu me chateei e me afastei do prefeito e do grupo todo. Conceição Marques é minha amiga pessoal. Em Brasília encontrei com o Edivaldo e ele teceu vários elogios a ela. Mas eu perguntei pelo espaço do partido e ele disse que não iria lotear a prefeitura. Se fosse assim pleitearia espaço também em Santa Inês. Eu falei que a Prefeitura de Santa Inês estava à sua disposição, mas que lá o partido dele tinha votado contra. Para se ter uma ideia, a Conceição Marques me procurou, procurou Flávio Dino, Roberto Rocha, Marcelo Tavares, Marcone Farias, Humberto Coutinho etc, etc para ser secretária. Foi um esforço pessoal dela”, finalizou.

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