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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Deputados disputam a presidência da CCJ na Assembléia Legislativa


O Imparcial

Deputado Alexandre Almeida
Os trabalhos na Assembleia Legislativa do Maranhão voltaram com todo vapor. Depois dos surpreendentes desligamentos do PV e do PSD do bloco governista, estão sendo travadas as disputas pela liderança e composição das Comissões Técnicas. Todos os blocos e partidos, inclusive de oposição, aguardam o cumprimento do acordo celebrado para eleger por unanimidade o deputado Max Barros (PMDB) para a 1ª vice-presidência. 

A principal disputa gira em torno da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania e a Comissão de Orçamento. Roberto Costa (PMDB), novo líder do "blocão" governista, informa que haverá uma reunião com o Bloco Parlamentar pelo Maranhão, o Blocão (PMDB, DEM, PTB) segunda-feira (18) para decidir quais serão os membros das comissões. 

Com o maior número de deputados, o "Blocão" tem direito de liderar dois grupos de trabalho. O natural é que escolhessem as duas comissões mais cobiçadas, mas é preciso observar o acordado firmado anteriormente (que elegeu Max Barros). Segundo Roberto, os deputados Alexandre Almeida (PSD) e Edilázio Júnior (PV) desejam a liderança de Constituição, Justiça e Cidadania. O peemedebista informa que depende de um consenso entre os outros blocos e bancadas para definir quais as comissões o Blocão escolherá. "A nossa preferência é para Orçamento. Abriríamos mão de uma das duas comissões se houver um consenso interno entre os outros partidos da base do Governo", assegura Roberto.

Deputado Edilázio Júnior (PV)
Edilázio nega que esteja pleiteando o comando de algum grupo. "Se a maioria dos blocos governistas apoiassem o meu nome, seria uma honra. Mas até agora, o único candidato mesmo é Alexandre Almeida", declarou o deputado do PV, que ainda informa que os deputados de oposição devem se reunir na terça-feira (19) - após o posicionamento do Blocão sobre os membros das comissões - para escolher os membros que irão compor e liderar as comissões. 

A maior intenção do Blocão é o consenso. Não seria benéfico a disputa direta pela liderança das comissões, já que há uma risco real de derrota. Não há garantia se os blocos e partidos - ainda que sejam governistas - votariam a favor dos interesses do grande Bloco. 

Oposição nas comissões 

Rubens Pereira Júnior (PCdoB), líder da oposição na Câmara, garante que o acordo firmado com o Blocão lhes deu o direto a duas lideranças. "Estamos aguardando o cumprimento do acordo feito com os outros líderes. Temos dois pleitos", declarou o comunista. Anteriormente, o deputado informou a O Imparcial que a oposição deseja o comando da Comissão de Direito Humanos, sob a liderança de Eliziane Gama (PPS), e Meio Ambiente, para Othelino Neto (PPS). 

Roberto Costa afirmou que a oposição teria, de acordo com a proporcionalidade, direito a liderança de apenas um grupo, mas que avaliarão a proposição. 
Negociação 

O peemedebista Roberto Costa nega que tenha ocorrido negociações para eleger Max Barros para a 1ª vice presidência. Ele conta que a definição para as comissões são recentes, e os acordos para eleger Max foram durante campanha - e foi um interesse da oposição, já que assumiria Ricardo Murad. 
Avisado sobre o posicionamento de Roberto Costa, Rubens disse não retirar a informação de que houve negociações. 

Analise 

Disputa acirrada

A disputa pelas Comissões Técnicas da Assembleia Legislativa do Maranhão tem esquentado o jogo nos bastidores da Casa. O problema é que o Blocão quer inverter a maioria do Bloquinho e tomar as rédeas nas votações, rompendo o acordo inicial. Tudo porque cada Bloco tem direito a um representante na votação para indicar as Comissões, e dos atuais sete blocos, o que tem o Bloquinho como principal tem quatro votos, contra três do que que tem o Blocão.

O Blocão conta com os votos dele mesmo, do PV e do Bloco Democrático. O Bloquinho tem os votos dele, da Oposição, do PSDB-PDT e do PSD. Assim, em todas as indicações, o segundo grupo sairá vencedor por 4 a 3.

Mas o Blocão, liderado por Roberto Costa, ainda tenta seduzir um dos blocos que está do outro lado para votar com ele e garantir Comissões importantes. Caso não consiga, as principais comissões serão presididas pelo outro grupo. Alexandre Almeida (PSD) presidirá a de Constituição e Justiça e Francisca Primo (PT) a de Orçamento.

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