O Imparcial
A governadora Roseana Sarney
(PMDB) tem feito malabarismo para evitar que a o pleito municipal a coloque em
meio ao fogo cruzado de aliados que disputam prefeituras em um mesmo município.
Esta semana, o desabafo do vice-líder do governo, deputado estadual Magno
Bacelar (PV), ascendeu o alerta, para que nenhum aliado sinta que outro está
sendo beneficiado pelo governo.
Em importantes cidades como
Caxias, Chapadinha, Bacabal, Timon e Cantanhede, candidatos da base governista
se enfrentam.
Em Caxias, Paulo Marinho Júnior
(PMDB) enfrenta Helton Mesquita (PSC). Os dois são aliados da governadora
Roseana Sarney. Eles ainda enfrentam o problema da liderança do oposicionista
Leo Coutinho (PSB) nas pesquisas de intenção de votos.
Na cidade de Timon, Edivar
Ribeiro (PMDB) com apoio de Socorro Waquim enfrenta o deputado estadual
Alexandre Almeida (PSD). Lá também um oposicionista lidera as pesquisas de
intenção de votos o deputado estadual Luciano Leitoa (PSB).
Em Cantanhede, reduto político do
secretário de Articulação Política do Estado, Hildo Rocha, Mirian Rocha (PMDB)
enfrenta o atual prefeito Zé Martinho (DEM), o Kabão.
Chapadinha foi a cidade onde se
gerou a discórdia. A disputa no município já virou até caso de polícia, com
acusações de agressão física a um assessor do deputado Magno Bacelar (PV). O
vice-líder do governo na Assembleia disputa a eleição com a atual gestora
Ducilene Pontes (PRB).. Magno esta semana, acusou o governo de liberar R$ 1,3
milhão em convênio para Belezinha fazer estradas em povoados neste período de
campanha, o que favoreceria a adversária dele e ressaltou que defende o governo
dia e noite. . Magno voltou à tribuna e pediu desculpas, porém, alertou que
gostaria que houvesse apuração, e que, se constatado algum contrato ilícito,
não retiraria uma só palavra do que disse.
Para o líder do governo na
Assembleia Legislativa, César Pires (DEM), a disputa entre aliados da
governadora é natural pela dimensão deste grupo político. Pires afirmou que o
problema com o deputado Magno foi superado pelo fato do próprio parlamentar ter
se retratado. "O nosso grupo político é muito grande, e por isso abriga
várias correntes. políticas. Houve um ciúme natural da política pelo deputado
ter imaginado que haveria benefício à sua adversária. Nessa época aparecem
muitas coisas. A disputa é muito acirrada", declarou.
Pires afirmou que Roseana já
definiu que não participa da campanha onde dois aliados disputam e quer que o
secretariado também não participe. Onde houver disputa entre membro do grupo
roseanista contra um de oposição (PCdoB, PDT, PSB, PSDB e PPS, por exemplo), os
secretários estão livres para participar do pleito, e a própria governadora
deve encampar em busca de votos. "Onde tiverem aliados disputando, a
governadora e os secretários não participarão. Nós, deputados da base, é lógico
que temos preferências divergentes e estaremos encampados em polos divergentes
em alguns lugares. Aí, a governadora não fará intervenção. A exceção é somente
para os secretários que também são deputados, políticos que fazem política em
determinada região. Mas não podem falar em nome do governo ou da governadora,
mas em nome deles", delineou.
Cesar Pires foi taxativo em
reafirmar que não houve convênio para asfaltamento no município de Chapadinha e
que não existe nenhum convênio irregular ou eleitoreiro do governo. "Todos
os convênios que o governo faz são corretos. Nunca existiu sequer denúncia
contra algum convênio do governo. O Magno mesmo reconheceu que não havia
comprovação de suas declarações. A governadora tem um carinho muito grande por
ele e ele não vai deixar de ser um aliado", declarou.
O secretário de Articulação
Política, Hildo Rocha, confirmou que a governadora se mantém neutra em vários
municípios, mas afirmou que em Chapadinha, apoia plenamente a candidatura de
Magno Bacelar (PV). "Acontece em vários municípios de termos aliados
disputando e a governadora se manterá na neutralidade. Mas em Chapadinha, damos
total apoio a Magno. Ele é nosso vice-líder na Assembleia. No dia seguinte àquele
discurso ele já pediu desculpas e sabe que tem nosso apoio. Foi comprovado que
não houve este convênio que ele tinha ouvido falar", afirmou.
Já em Timon, por exemplo, Hildo
disse que não tem como a governadora subir em um palanque e se manterá neutra.
"Fizemos de tudo para que o Alexandre e o Edivar estivessem juntos mas
eles não aceitaram, então, não tem como a governadora estar no palanque de um
aliado em detrimento de outro", declinou.
O secretário afirmou que antes
das definições das candidaturas, foi solicitado as uniões dos adversários em
única candidatura. Onde a união não ocorreu Roseana não poderá subir no
palanque de nenhum deles.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Os comentários não representam a opinião deste blog. Os comentários anônimos não serão liberados. Envie sugestões e informações para: blogdoludwigalmeida@gmail.com