Governador Flávio Dino esquece seu berço político e vira alvo de críticas em sessão na Câmara Municipal de Caxias.
A sessão da Câmara Municipal de
Caxias segue em clima acalourado. Nesta segunda-feira (20), os parlamentares
fizeram duras críticas ao governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), por
ainda não ter renovado convênios com a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e a
Maternidade Carmosina Coutinho, além de uma suposta "falta de
atendimento" no Hospital Regional de Caxias.
Durval Júnior (PSB) levantou o
assunto na tribuna. "Caxias atende hoje 54 municípios. E aonde temos a
maior e única maternidade da região, Carmosina Coutinho, que tinha investimento
até dezembro de R$ 1 milhão 350 mil, com a perda do mandato do prefeito Léo
Coutinho, imediatamente o governador tirou o recurso", disse.
Ainda segundo o vereador, o
Hospital Regional Dr. Everaldo Ferreira Aragão, sediado em Caxias, não tem
atendido os munícipes locais. "Segundo informações, morreu um jovem
baleado na porta do macro, dentro de uma viatura da Samu, mas não deixaram ele
entrar. Ou seja, sediamos um dos maiores hospitais macrorregionais do Maranhão,
aonde o nosso povo não tem como entrar", afirmou.
Para Durval Júnior "a
questão é política e quem está pagando a conta é o povo de Caxias".
"Desde que iniciamos essa
legislatura eu chamei atenção para a questão dessas brigas de poderes. Nesse
momento de saúde pública o que temos que fazer é deixar as diferenças políticas
de lado. E essa Casa aqui tem responsabilidade, seja de situação, seja de
oposição. Se é o governador que está errado, tem que ser dito. Se é o prefeito,
também tem que ser dito", comentou indignado o vereador Neto do Sindicato
(PC do B).
Sargento Moisés (PSD) parabenizou
a discussão. Segundo o parlamentar, "o governador sabe muito bem
arrecadar". "São pesados tributos que nós temos pagado. Agora o que
queremos é que retorne para nós em benefício. Vemos ações do governo Flávio
Dino já neste ano na região, mas em Caxias parece que, se ele passa, é por cima.
Ou se ele vem é pra visitar alguém de forma isolada. A comunidade está sentindo
falta do governador", frisou.
O parlamentar lembrou que antes,
na UPA "existia uma empresa terceirizada que só em funcionários gastava R$
680 mil, dinheiro que poderia está contratando profissionais para melhor
atender".
"Essa Casa não pode se
furtar a este reclame. Engraçado que o governo tem vários parceiros aqui e se
esquece disso. Nós temos o presidente da Assembleia, é amigo pessoal do
governo. Outros parceiros políticos do governador são daqui. Com votos daqui,
ele se elegeu deputado federal, que não vejo e nunca mais vi por aqui. Então,
que ele respeite a sociedade caxiense, respeite suas parcerias políticas. O
doente não tem partido", declarou o Sargento Moisés.
No entendimento do Repórter
Puliça (PRB), "o governador está traindo o povo de Caxias". Sobre o
Hospital Regional de Caxias: "A desculpa de lá é que não tem vaga. E hoje
eu soube que quem vem de Matões está fazendo é fila".
O presidente da Câmara, vereador Catulé
(PRB), encerrou a sessão também comentando o assunto. "Vivemos uma crise
sem precedente. O problema da saúde é no país todo. Ela deveria ser prioridade.
Nossa cidade está no limite. Porém as questões políticas ainda prevalecem mais
do que os sentimentos da população". (Por João Lopes, portal Noca)
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