Fernando Furtado participava de encontro promovido por entidades ligadas ao agronegócio
Em audiência, deputado do PC do B chama índios de 'bando de veadinhos' |
O Estadão - Indígenas da terra Awá-Guajá foram vítimas de ataques verbais do deputado estadual maranhense Fernando Furtado (PCdoB). O parlamentar participava de uma audiência pública no município de São João do Caru no dia 4 de julho, organizada pela CNA (Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil) e pela FAEMA (Federação de Agricultura e Pecuária do Maranhão) para discutir a desintrusão de terra por parte de produtores rurais. Foi quando chamou ps índios de 'bando de veadinho'.
“Lá em Brasília o Arnaldo (Lacerda) viu os índios tudo de camisetinha , tudo arrumadinho, com flechinha, tudo um bando de veadinho. Tinha uns três lá que eram veado que eu tenho certeza, veado. Eu não sabia que tinha índio veado, fui saber naquele dia em Brasília, tudo veado. Então é desse jeito que tá, índio já consegue ser veado, boiola, e não consegue trabalhar e produzir? Negativo!”. O deputado disse ainda que “índio diz que não sabe plantar arroz, então morre de fome, desgraça, é a melhor coisa que tem, porque não sabe nem trabalhar".
Procurado pela reportagem, Furtado reconheceu que se excedeu em suas falas e disse que 'às vezes palavras são ditas em um momento de explosão'. E disse que não tem um comportamento preconceituoso. “Às vezes a gente se zanga e acaba sendo interpretado errado. Não tenho nada contra índio, contra homossexualismo, sempre respeitei, agora é lógico que tem momentos que a gente se extrapola”, defendeu, colocando-se da posição de alvo de uma campanha difamatória por estar na linha de frente de defesa do governo estadual.
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PC do B) afirmou, por meio de sua conta pessoal do twitter, que “discordo de qualquer discurso nessa linha”. O secretário de Direitos Humanos, Francisco Gonçalves (PT) e o presidente do PCdoB no Maranhão, Márcio Jerry, foram procurados, porém ambos não responderam ao contato.
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